sábado, 19 de janeiro de 2008

Como ser um gênio?

Ás vezes eu me pergunto o que uma pessoa faz para ser tão inteligente. Lava a cabeça com água gelada, come ovo cru. O que será? Digo isso pois recentemente elegi pra condição de gênio, um cara que até então eu só conhecia pelo nome. É Marc Cherry. Sim, eu não o conheço, ele é americano e podre de rico. Marc Cherry é o criador de "Desperate Housewives".

Eu comecei a assistir essa série depois de ver um anúncio na página de um jornal. O anúncio dizia: "Toda mulher sonha com uma bela casa, filhos inteligentes e um marido dedicado. Mary Alice tinha tudo isso, e pôs fim à própria vida. O que poderia ter acontecido? Teria ela segredos obscuros? Seriam suas amigas, donas de casa desesperadas?"

Isso com certeza me fascinou. Eu já tinha ouvido falar da série, do sucesso que estava fazendo. Pois então, comecei a assistir. Realmente, é muito boa. E não digo isso pelo fato de ser viciado em séries. É boa mesmo, eu garanto. Digo isso pois gosto muito de histórias, sejam elas novelas, filmes ou séries que se dedicam a retratar o cotidiano, fatos reais.

A série mostra bem isso. São seis donas de casa, cada uma com um dilema. Um belo dia, uma delas, a Mary Alice, pega um revólver e se mata. Suas amigas ficam pasmas. Ela tinha a vida perfeita, tudo de bom e do melhor. Porquê fez isso? Começa aí a fase intrigante da série. Tentando lidar com dilemas próprios, elas ainda têm de investigar a morte da amiga.

Então você entra na casa de cada uma delas. Fica difícil escolher uma. A Lynette, mãe de 4 filhos, é aquela profissional bem sucedida que abandonou tudo para cuidar dos pimpolhos. E mal vê o marido. Frustrante, não?

A Bree é a mais perfeita. Perfeita no sentido de ter sempre a grama mais verde, o melhor jantar, as melhores roupas. Sim, mas quem não vê isso é a própria família. O marido a trai, o filho se revela gay e quase acaba com a vida dela, e a filha, que na primeira temporada era uma completa sonsa, se revela a mais maquiavélica da casa. E ela é extremamente preocupada em manter as aparências. Roupa suja se lava em casa. Quem vive assim?

A Susan é a engraçada. Foi abandonada pelo marido, se apaixonou e casou com o vizinho suspeito, e tem uma filha mais inteligente que ela própria. O tom de humor da série se concentra nela.

A Idie é a “devoradora de homens”. Típica “vagabunda” da série, ela é aquela que no início não fazia falta nenhuma. Mas se revelou mais humana, e ganhou seu espaço. Hoje é muito boa!

E por fim, a Gabrielle. Ela sim, é peça chave na série. É aquela mulher bonita, que se casou por dinheiro. Não feliz com seu casamento, ela tem um caso com o jardineiro de 16 anos. Isso movimentou toda a 1ª temporada da série, rendeu várias risadas e momentos de suspense. A atriz que a interpreta, Eva Longoria, com sua linda beleza latina, consegue dar nuances a personagem. Uma hora é madura, outra é carinhosa, outra é birrenta. Divirto-me com as cenas dela.

Tudo isso é obra da grande mente de Marc Cherry. Ele cria histórias que surpreende o espectador a cada episódio. Retrata, de forma engraçada e simples, o que acontece dentro da casa de qualquer um. E utiliza muitas experiências próprias pra isso. Quando se revelou gay para sua mãe, ouviu a resposta “Eu te amaria nem que você fosse um assassino”. Essa frase foi parar na boca da Bree, quando seu filho se revelou gay. Claro que a cena foi hilária. E também, durante a gravação da 3ª temporada, teve que lidar com a gravidez da atriz Marcia Cross, a Bree. Simples, ele escondeu a barriga da personagem. Quando aparecia, era da cintura pra cima ou com algum objeto na frente. Se você não sabe que ela está grávida, mal percebe que a barriga está escondida.

Agora, na 4ª temporada, introduziu um casal gay, que já entrou criando problemas. O início do episódio da escultura é demais! O comentário de cada dona de casa me matou de rir!

Recentemente, ele fez passar um furacão em Winsteria Lane. Só de saber isso, eu fiquei empolgado já. Baixei o episódio na internet e assisti. No final, eu fiquei até sem fôlego. Aquilo ali me fez perceber que o cara é um gênio. Ele cria suspenses, tramas, voltas e reviravoltas a cada minuto. E ainda li que para as gravações, ele não usou efeitos especiais. Ligou grandes ventiladores e demoliu, literalmente, algumas casas. Magnífico! O episódio posterior, foi melhor ainda. Deixou o gostinho de “quero mais”. A série é tão boa que rendeu versões latinas. Umas boas, outras péssimas, como a brasileira. Só a original mesmo pra divertir. Mas com a greve dos roteiristas, a qual ele faz parte, isso pode demorar. Fico na esperança então, que a mente brilhante de Marc Cherry também não esteja em greve.

Um comentário:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.