sábado, 23 de abril de 2011

E-mail corporativo

De: Marcus Sousa
Para: Thiago Rovêdo

Data: 28/04/2010


Assunto:
Sono

Daí que hoje eu acordei com um sono do cão, que não tô conseguindo nem disfarçar aqui. Tá difícil...
Mas nada se compara ao meu dia ontem. Leia esse texto e tente não rir, porque sinceramente, não tem graça...

Acordei, tomei banho e comecei a tomar o café da manhã. Nessas horas do dia não sou muito sociável. Daí meu pai veio conversar, perguntou se eu tinha dinheiro pra almoçar e se eu tava comendo bem. Fui monossilábico. Ele me deu R$20 pra eu almoçar direito. Agradeci. Em seguida ele me ofereceu carona até a Santos Dumont. Aceitei. Levantei, escovei os dentes e fui. A Santos Dumont tava parada. Meu pai forçou a barra e eu cheguei até o ponto de ônibus. Aí me dei conta: esqueci os R$20 em cima da mesa... putz!
Vim trabalhar, trabalhei, conversei e twittei. Então fui lá na Pucc buscar os históricos do Henrique e do André para inscrever o nosso projeto nos festivais.
Tava na praça de alimentação e resolvi imprimir uns encartes na gráfica que tem ali. Até aí tudo bem, porque lá é mais barato que a gráfica que tem aqui perto da agência. Mas paguei pela minha ambição: meu pendrive ficou lá. Resultado: volto lá hoje SÓ pra buscar o pendrive.
Comentei perto do André que a gente tá pensando em ir pra SP. Ele ficou bravo porque ninguém chamou ele, e falou que também quer ir. Daqui a pouco a gente lota um prédio com todo mundo que também quer ir.
Voltando pra casa, ainda consegui mais uma façanha. Fui pro ponto de ônibus na frente da padaria e esperei. Passou um, eu entrei e fui. O ônibus foi lá pro Unimart... agora me diz, eu moro perto do Unimart??? NÃO! Peguei outro de volta até o centro e peguei o 410, que veio LO-TA-DO. Isso porque era 22:30 da noite.
Cheguei em casa e obviamente meu dinheiro havia sumido. Não feliz com isso, minha impressora travou e eu não consegui imprimir os formulários pra inscrever o documentário no festival.
Agora me diz, porque eu levantei da cama ontem?

Espero que seu dia tenha sido melhor. Se não foi, fique a vontade pra contar.
Abraços.

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De: Thiago Rovêdo
Para: Marcus Sousa

Data: 28/04/2010

Assunto: Re: Sono

olha, sei que você pediu pra eu não rir, mas está impossível!!!!.. huahuahuahauhuahuahauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauahuahuahuahauhauhahauhauahuahuahuahauhauhauahuahuauahau

sábado, 16 de abril de 2011

Nem tanto Pânico assim...


Bom, como vocês podem ver, eu só volto nesse blog quando quero muito falar uma coisa que, pra mim, é muito importante. Pode não ser pro resto do pessoal, mas pra mim é. E como diz no cabeçalho do blog, "eu falo o que quiser pra quem quiser ler". Então vou falar de Pânico. Não do programa de TV, mas dos filmes. Diria que é uma trilogia + 1. Esse "+1" é pelo fato de eu não incluí-lo no grupo dos outros filmes. Mas vamos descobrir o motivo.
Assisti o primeiro Pânico em 1997. Tinha 11 anos. Foi a primeira vez que vi um filme de terror/suspense de forma positiva. Antes só tive experiências com o Chuck, de Brinquedo Assassino. E não gostei. Mas voltando, em 1997 eu assisti Pânico e delirei. Dormi praticamente 1 semana com a coberta sobre a cabeça e morrendo de medo dos barulhos que ouvia na rua à noite. Tudo por causa de Pânico. Tudo por causa do Ghostface. Daí que meu filme de terror preferido estava definido. Já gostava da Neve Campbell pelo fato dela fazer uma séria muito boa chamada "Party of Five". Gostei mais ainda quando ela deu vida à sonsa (mas forte) Sidney Prescott. Nesse filme o diretor Wes Craven tem o dom de surpreender, assustar, fazer o expectador torcer pela mocinha. A cada vez que uma vítima do Ghostface corre, quem assiste acaba torcendo para que ela não seja alcançada ou para que nenhuma porta esteja fechada. E quando ela morre, a tristeza. Ás vezes, revolta. "Poderia ter fechado a porta atrás, não?". Enfim, o filme acaba e a vontade é assistir tudo de novo. E tomar mais sustos.
O encanto em Pânico, na minha opinião, é a fuga da obviedade. Ou não. Tudo indica que o assassino é a pessoa que tem uma certa rivalidade com a protagonista, ou que por algum motivo dá a entender que a quer morta. Mas não, não é. O assassino é aquela pessoa que de alguma forma ganha sua simpatia ao longo do filme, e no fim revela todo o motivo pra fazer o que fez. Muitas vezes é o figurante insistente que aparece em todas as cenas, mas que quando revelado, faz todos dizerem: "É, faz sentido".
A história vai se costurando diante de cenários variados e interessantes, e cada movimento é calculado para surpreender. Algumas cenas podem ser engraçadas, mas o suspense predomina. Do Pânico 1 ao 3, foi assim. Eu praticamente deliro quando a Courteney Cox, interpretando a jornalista descarada Gale Weathers, entra em cena. Ela consegue ser inconveniente e ao mesmo tempo interessante. E o Dewey, interpretado por David Arquette, garante bons momentos de risadas e também de tensão. Pra um policial, ele demora muito para encontrar o assassino. Entendem? Essa é a fórmula de Pânico, a fórmula que me encanta. E é justamente isso que faltou em Pânico 4.
Eu entrei em extasy quando li que uma sequência seria gravada. E que o quarteto de ouro (O elenco principal e o diretor) retornariam. É a forma mais original de retomar a obra. Mas não, não foi. No intuito de "atualizar" Pânico e tentar agradar o novo público, o filme praticamente vira uma história sem pé nem cabeça. A começar pelo elenco novo, completamente sem sal. Só salva a bela Hayden Panettiere, que na minha opinião deveria ter sido a protagonista. Deixassem o papel secundário pro elenco recheado de atores secundários. Ela é a única que garante boas risadas e naturalidade no que fala. O resto do elenco é literalmente resto. Cada cena que se passa com Rory Culkin é uma tortura. Se eu já não gostava do Erik Knudsen por causa de Jericho, agora, menos ainda. E por fim, Nico Tortorella, com a mesma reação para qualquer tipo de emoção. Gostaria de saber quem os escolheu para trabalhar neste filme. Ah, claro, a protagonista. Emma Roberts até consegue impressionar, mas como disse, deveria ter sido a secundária.
O filme praticamente se resume a cenários pequenos, lutas isoladas em cozinhas, escadas ou quartos e monólogos que fazem você desejar sair da sala de cinema e entrar na sala ao lado, mesmo sem saber qual filme está passando. A identidade dos assassinos (sim, é mais de 1) até impressiona, mas o motivo... sem comentários.
E diferente de Jurassic Park 3, em que a culpa da "cagada" é do diretor que não dirigiu os outros filmes, nesse a culpa é do próprio. Wes Craven disse que só faria uma sequência se o elenco original voltasse. E voltou. E mesmo assim ele errou a mão.
Li uma entrevista de Neve Campbell, logo após o lançamento de Pânico 3, que ela nunca mais interpretaria Sidney pelo fato de que se uma nova sequência surgisse, Sidney teria que morrer, ou se não a personagem se tornaria irreal. Olha querida Neve, desejaria muito que você não tivesse mudado de ideia. O filme ficou ruim, a história é trash e a minha obcessão por Pânico acabou hoje.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Networking


E a conversa não acabou...


Einstein e Bruno Baptista estavam conversando, aleatoriamente. Einstein perguntou: "Ei Bruno, como você gosta de comer ovos?". E Bruno respondeu: "Fritos! E..." Antes que ele pudesse terminar a pergunta, algo inusitado aconteceu e os dois tiveram que seguir caminhos diferentes. 40 anos depois ambos se encontraram na rua, e novamente começaram a conversar: "...você, como gosta?". Einstein respondeu: "Cozidos".

Foi esse o sentimento que tive ao reencontrar meus amigos da Nova Zelândia, em São Paulo. Senti que o tempo passou (mais de 1 ano desde a minha volta), mas que o papo, a intimidade e, principalmente, as risadas, continuam intactas. E dá-lhe horas pra curtir a presença de todos, hein?

E vejam vocês que esse encontro é resultado de uma série de fatores que ninguém sabe explicar ao certo como ocorrem. É mais ou menos assim:
Em 2009 eu fui fazer intercâmbio na Nova Zelândia. Antes de ir eu conheci o Anderson, de Jundiaí, que também foi. No aeroporto de Auckland o Anderson ficou retido, pois não acreditaram na brasileiridade da cara indiana dele. Após ser "liberado", ele foi para sua respectiva homestay e conheceu o Hélio, um veterinário palmeirense-roxo de Santo André, de fala rápida e ideias que correm a milhão dentro da cabeça. Por telefone falei com ele, achando que falava com o Anderson. No dia seguinte, tínhamos que contar a saga aeroportuária para alguém: ou seja, todos os fluentes na língua portuguesa! Através do Hélio, conheci o Ermano, o Júlio, a Mari e o Robson. Todos brasileiros. Todos ouvintes.

Na mesma homestay que eu morava o William, que me apresentou a Marcela, uma bela colombiana de Calli, e por ela conheci a Catalina, outra bela colombiana de Bogotá. Logo em seguida conheci a Aline, que morava com o Ermano, mas que saiu para dar lugar à Catalina e à Marcela. E a Catalina então começou a namorar o Ermano. Ou seja, networking em um país estrangeiro é tudo, não?

Conto toda essa trama pelo simples fato de ilustrar o encontro que aconteceu no último domingo: Nela estão presentes: Eu, a Mari e o Robson, o Hélio com a Billie (namorada dele), a Aline, a Catalina e o Ermano. Todos reunidos em um bar atrás do MASP, na Avenida Paulista. Quem poderia imaginar que essa cena um dia aconteceria? E mais, quem poderia imaginar que depois de mais de 1 ano sem se ver, a intimidade, as risadas e atá as broncas seriam as mesmas. Nada mudou. O entusiasmo do Hélio continua o mesmo, o sotaque de carioca do Ermano também. A cumplicidade entre a Mari e o Robson então, nem se fala. Mas por alguns segundos, observando todos na mesa, tive a certeza que tinha voltado para a Nova Zelândia. E que a conversa nunca tinha parado.

PS: Foto do cabeçalho tirada dias depois da minha chegada em Auckland. Faltam a Aline e a Catalina. Fotos do reencontro estão no poder da Mari e da Catalina. Aguardando...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Em 2010...

Em 2010 eu voltei pro Brasil. Tá, foi em 2009, mas né, fim de ano, recesso, eu já tava mesmo em 2010.
Em 2010 eu consegui um emprego novo, disputei a vaga com meu melhor amigo e conheci o lado de baixo do Cambuí. Hoje meu melhor amigo tá melhor do que eu e eu já nem tô mais lá embaixo.
Em 2010 eu conheci muita gente legal, como a Maíra, a Erika, o Kauê, o Doug e o Bruno, mas conheci muito mais gente chata, como o... tá, deixa.
Em 2010 eu voltei a ter notícias do Vitor, deixei de ter notícias do André e continuo conversando com o Rafael e o Thiago.
Em 2010 eu quase fui morar em SP. Quase. Pq não fui?
Em 2010 eu me despedi de Lost. Foi difícil. Mas conheci Pretty Little Liars, The Event e The Walking Dead. E o vício continua firme!
Em 2010 eu engordei. Credo, de forma desproporcional. Já prometi que em 2011 volto ao normal.
Em 2010 eu presenciei algumas cenas que gostaria sinceramente de nunca ter presenciado. E olha que pra passar por saia justa, o Marcão aqui é campeão.
Em 2010 eu senti falta da Nova Zelândia. Senti falta do ônibus vazio que passa no horário, do trânsito que flui, da comida que não engorda (sério!) e da cama de casal quentinha que eu dormia. Ah, também senti falta do frio, pq calor aqui em Campinas é o que mais tem!
Mas legal mesmo já tá sendo 2011. Entrei para o mundo Apple e me tornei um ligador. Não necessariamente nessa ordem.
Enquanto a fortuna não vem (meu pai crê que um dia eu vou ser milionário!), eu gasto dinheiro com coisas desnecessárias (de acordo com ele próprio).
Ah, e só pra constar: em 2010 eu viciei em TiTiTi. Mas já parei. Ficou chata... :S


Foto tirada pela @mairabonilha com o novo brinquedo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dois países, uma bandeira


A Copa do Mundo de Futebol ocorre neste exato momento na África do Sul. Eu, como bom brasileiro, torço muito pelo sucesso da seleção do meu país. Mas além de torcer pelo Brasil, também estou acompanhando com o mesmo entusiasmo, o desempenho dos "All Whites", time da Nova Zelândia. Aquela pequena nação, que conquistou meu coração no ano passado, participa pela segunda vez de uma Copa do Mundo.
Acaba não sendo muito difícil traçar um paralelo entre os dois países. Porém com as mais completas observações. O Brasil é o país do futebol. Temos aqui, de acordo com a CBF, 700 clubes profissionais, totalizando mais de 13,1 milhões de jogadores e que, em 2009, movimentou R$ 1,9 bilhão, valor apontado em um levantamento feito pela consultoria Crowe Horwarth RCS. Nas Copas do Mundo, além de ser o único time presente em todos os torneios, também é o único cinco vezes campeão, conquistando esse título em todos os continentes onde a competição já foi realizada. A esperança agora é fazer mais este feito na África.
A Nova Zelândia participou apenas em 1982, e em 2010, para a grande maioria da imprensa mundial, não prometia muito. E eis que o primeiro ponto já saiu no primeiro jogo, em um empate contra a Eslováquia. E mais, ainda conseguiram arrancar outro empate contra a poderosíssima Itália. Como disse um telejornal brasileiro, "foi o pouco com gosto de muito". Para um país com pouca tradição no esporte, esse "muito" merece grande destaque.
Mas acredito que as semelhanças entre esses dois países ocorre quando são considerados os dois esportes que são respectivas paixões nacionais: futebol e rugby. O Brasil está para o futebol assim como a Nova Zelândia está para o rugby. Toda a estrutura, transações financeiras e, principalmente, paixão popular em ambos os países estão voltados para estes esportes. Lembro-me que quando morei em Auckland, no curto espaço de tempo de 3 meses, percebi logo nos primeiros dias a paixão dos "kiwis" pelo rugby, desporto tão estranho aos olhos de um brasileiro.
Lá, na terra do Senhor dos Anéis, existem mais de 20 times profissionais de rugby, e a movimentação financeira chega a 470 milhões de euros no mundo todo. Aqui no Brasil o rugby é pouco famoso, mais conhecido pela violência das jogadas dos seus atletas. Anualmente movimenta milhões de fãs e dinheiro pelo mundo todo. São patrocínios, audiência, estádios e espetáculos dignos de um grande esporte.
Jogadores brasileiros como Kaká, Luis Fabiano e Robinho hoje apresentam o melhor futebol da atualidade, enquanto no rugby essa tarefa é facilmente desempenhada pelos talentosissimos Dan Carter, Rick Macaw e Luke Mcalister, entre outros.
E se o Brasil é o próximo na fila a sediar a Copa do Mundo de futebol, em 2014, a Nova Zelândia já está praticamente pronta para receber a Copa do Mundo de rugby, em 2011. Aqui são 12 cidades que terão a honra de receber os jogos, enquanto lá serão 13. O nosso maior estádio, o Maracanã, no Rio de Janeiro, tem com grandes chances de receber a final. Lá já está decidido, será o majestoso Eden Park, em Auckland.
O fato é que ambos os países hoje sabem muito bem como envolver toda a população em um só coração e nele fazer brotar um patriotismo saudável, que faz o cidadão amar, sem exageros, o país ao qual nasceu. Acreditar que o esporte pode mudar a qualidade de vida de uma nação é um desafio que governantes vêm enfrentando há séculos, e que tanto o Brasil quanto a Nova Zelândia estão conseguindo mostrar que é possível.
E não haverá espanto caso a Nova Zelândia passe da fase de grupos na Copa e marque mais pontos. O desafio, como sempre, é inovar. Em 2016, pela primeira vez uma cidade da América do Sul irá organizar as Olimpíadas. E o rugby estará lá, fazendo sua grande estréia como esporte olímpico. Não duvido que após isso (ou antes mesmo) o brasileiro desenvolva o interesse por um esporte tão impopular em seu território, mas capaz de desenvolver uma nova paixão, assim como o futebol fez na Nova Zelândia.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Apaguem as luzes, que nós vamos zuar, é hora do BLACKOUT!

Acabei de ver um vídeo fascinante sobre a "Hora do Planeta". Pra quem não sabe, a Hora do Planeta é um movimento da ONG WWF pra chamar a atenção da população mundial para o aquecimento global. Em um período de 1 hora do último sábado de março de cada ano, governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
Começou em 2007, na cidade de Sydney (Austrália). Neste ano, só esta cidade participou, mas conseguiu o principal, chamar a atenção. Resultado: Em 2008 cerca de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países apagaram-se suas luzes, e lugares como o Coliseu, em Roma, a ponte Golden Gate, em São Francisco, a Opera House, em Sidney, e claro, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre outros ícones mundiais, ficaram às escuras. Já em 2009, foram 3922 cidades em 88 países do globo. O vídeo abaixo é da campanha para 2010, e mostra vários lugares no mundo "apagando". Não é show?



Me lembro que no ano passado eu estava no Rio de Janeiro quando as luzes se apagaram. No hotel havia um aviso informando que a fachada do prédio seria apagada, e que esperava a colaboração dos hóspedes. Eu fiz minha parte, deixei tudo apagado. Da janela, esperando a chuva passar, eu vi o prédio da Petrobrás (no centro do Rio), todo grande e imponente, apagar. Simplesmente. Lembro ainda que fui ao restaurante do prédio ao lado para jantar e comi à luz de velas. Sozinho.
Mas enfim, quem me conhece sabe como eu gosto de me envolver em grandes movimentos. Ano passado fui um "ativista anônimo" das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Estava do outro lado do mundo quando o Rio ganhou, mas comemorei muito. Com relação à Hora do Planeta não será diferente. Claro que sou muito mais a favor de ações do que um simples "apagar de luzes". Mas isso já é um começo, não?
Então no dia 27 de março de 2010, às 20:30 da noite eu apagarei todas as luzes da minha casa. E vou falar pros meus vizinhos fazerem isso. E pros meus amigos. E pros meus avós. E pra todo mundo que conheço. No vídeo abaixo (último, prometo!), a minha musa inspiradora fala sobre a hora do planeta, mas em inglês. Eu coloquei a tradução logo abaixo do vídeo, pra quem quiser saber o que ela fala.



Oi, aqui é a Gisele Bundchen em Los Angeles, Califórnia. Milhões de pessoas de todo o mundo se juntarão no dia 27 de março para apagarem as luzes e mandarem uma clara mensagem de que agora é a hora de se preocupar com a mudança do clima. Então por favor, junte-se a mim e à World Wildlife Found (WWF) por uma hora.
Hora do Planeta, em 27 de março, às 20:30, e faça a opção por um planeta melhor e limpo.
Luzes apagadas, velas ascesas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Why does love do this to me?

Minha estada na Nova Zelândia foi marcada por uma música. É aquela música que o cara no banco de trás no ônibus cantarolava enquanto eu voltava pra casa e a mesma que tocou no estádio de rugby e fez toda a torcida cantar junto. O nome da música: "Why does love do this to me?", da banda The Exponents. O motivo da música ser uma febre: A Air New Zealand, maior companhia aérea do país, fez uma campanha utilizando esta música. O nome da campanha: Rugby Fanatics. Ou seja, todo neozeolandês que se preze é fanático por rugby. Logo a campanha e a música viraram uma febre. E até eu, que não tinha nada a ver com a história, fui contagiado.

Mas como sou solidário (e quero espalhar a febre), coloco abaixo o vídeo da campanha. DU-VI-DO que quem ver o vídeo depois não vai ficar cantando "I don't no...oooooooooo... why does love do this to meeee".



De nada!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dois blogs para ficar de olho!

Sabe quando, zanzando pela internet, você se depara com um blog tão bom, mas tão bom, que fica com vontade de xingar o dono, só porque o blog dele é melhor que o seu? Então, comigo aconteceu isso. Não o suficiente, me deparei com dois blogs muito bons. Então que eu decidi colocar a vaidade de lado e falar deles. Meio cafona falar de outro blog no meu blog, não? Se o Adauto visse isso, certamente me xingaria. "Você está mandando a audiência pra outro lugar, seu tonto!". Mas enfim, o que é bom, é pra se mostrar, não é? Então vamos lá:

A começar pelo blog da Marina Aranha. Eu nunca conversei mais do que 30 segundos com essa menina. Ela é superamiga do Rafael, da Samanta e do Thiago, meus superamigos. Mas tenho ela como amiga no Orkut, Facebook e acho que até no Twitter. Então que passeando pelo blog da Samanta, encontrei o dela. O nome: "Tô vivona". Daí que eu comecei a fuçar, e a Marina escreve muito bem. Bem demais até. De um jeito tão descontraído que você, quando chega no final, quer ler tudo de novo. O post sobre a série "Lost", o mais recente, é perfeito. Parece uma conversa na praça de alimentação da faculdade. A Marina tem um talento que se bem utilizado, vai trazer muito sucesso pra ela. Digo isso pelo fato de que os maiores escritores que conheço e aprecio seguem o mesmo estilo. Prestenção hein Marina!

O outro blog em questão é o do Doug. Ou melhor, do Rodrigo. Ele é amigo do André, meu superamigo também, mas nunca conversei com o Rodrigo. Ele estava na apresentação do meu TCC, mas sabe como é né, nervoso e talz... E fuçando pelo blog do André, me deparo com o blog "Trying to be...me!". O Rodrigo com certeza é outro que também dá um show de bola na escrita. Acho que pra ele o blog é mais uma válvula de escape pra tantos pensamentos que giram em sua cabeça. Suponho que seja isso, pois como disse, não o conheço de fato. Mas o blog dele é muito interessante. Me identifiquei demais com alguns posts que ele escreveu, principalmente questões sobre o futuro, sobre si próprio. A escolha das palavras é tão interessante que quem lê, por alguns instantes, se torna o melhor amigo do Rodrigo e ouve seu desabafo. O post com a conversa estilo "Gollum", na minha opinião, é o melhor. Criativo demais, não?

Então fica aí a dica. Quem lê esse blog empoeirado, dá uma passada no da Marina e do Rodrigo. Mas voltem pra cá, blz? Prometo que vou atualizar com mais frequência.

sábado, 16 de janeiro de 2010

domingo, 13 de dezembro de 2009

Enfim....

Já faz mais de uma semana que eu voltei, mas só agora me senti inspirado para escrever. Perdoem alguns erros que por ventura eu possa cometer, mas ainda estou me readaptando. Enfim, voltei. E eu que pensei que conseguiria relatar toda a viagem neste blog... puro engano. Mas me perdoem novamente, não tive tempo (nem computador disponível) para ficar atualizando.
Viajar para a Nova Zelândia foi fantásico. Inacreditável. Impressionante. Inesquecível. Não só a viagem em si, mas toda a experiência de viver, mesmo que por somente 3 meses, em outro país totalmente diferente do seu me fez mudar completamente. Revi conceitos, reaprendi antigos, e aprendi novos. Conceitos. Isso ainda porquê eu só fiquei lá por 3 meses.
Viver na Nova Zelândia me fez crescer. Talvez até de um jeito que eu não esperava. Hoje posso dizer com toda segurança que sou outra pessoa. O contato com outra cultura me fez amadurecer, entender outros pontos de vista. Aprender.
Aprendi a falar inglês, a perder o sotaque americano e a brincar com o sotaque autraliano. Mas também aprendi que um simples sorriso consegue te levar a muitos lugares, e te abre muitas portas.
Aprendi que o brasileiro está muito seguro dentro do Brasil. E só. Fora dele, para as autoridades, somos somente extrangeiros. Daqueles que vêm e vão a qualquer segundo. Pela primeira vez eu fui a excessão.
Aprendi que sou mais sociável do que imaginava. E que o fato de ser brasileiro me aproximou de nações que antes eu nem fazia idéia que existiam. Hoje posso dizer que tenho amigos no mundo todo.
Aprendi a fazer amigos, e principalmente, valorizá-los. Japoneses, coreanos, colombianos, chilenos, taiwaneses, chineses, alemães, russos... são tantos que eu fico felizmente confuso em lembrar. E a cada porta que eu abria, uma nova nação se revelava. E nem as diferenças culturais e sociais nos dividiram. Japonesas me perguntavam do Carnaval. Coreanos me perguntavam sobre o futebol. E eu também perguntava sobre o que podia.
Aprendi que os intercambistas, ignorando as nacionalidades, possuem as mesmas dificuldades, ambições e sonhos. Mas que somente os brasileiros podiam me entender. "Sobrevivi" a esses três meses somente por causa deles. Assim que cheguei em Auckland fui calorosamente recepcionado por um grupo um tanto quanto peculiar, a quem sou eternamente grato por tudo o que fizeram por mim.
Aprendi que além de amigos, conquistei irmãos. Quando se está longe de casa, sua família acaba sendo àqueles que mais te apoiam. E comigo não foi diferente. Graças à três amigos (e irmãos) que conheci na Nova Zelândia, pude aproveitar tudo o que o intercâmbio me proporcionou. Snowboard, museus, aquários, praias e risadas. Ah, principalmente as risadas. Quando a saudade de casa apertava, somente elas me confortavam. Anderson, Hélio e Júlio, obrigado por tudo!
Apredi que estou mais próximo da minha família do que imagino. Muitas vezes conversei com meu pai, mesmo sem ouvir suas respostas. Andava pelas ruas brigando com minhas irmãs, mesmo que elas não soubessem disso. Ria dos meus avós, mesmo eles não fazendo nada para mim. O tal vínculo, que a imigração fez questão de saber? Taí, minha família!
Aprendi que me distanciar de casa me fez valorizá-la. Uma greve de ônibus aqui pode não ser assim uma coisa tão chata. Um shopping lotado sim. Uma avenida super movimentada pode ser interessante, se todos andam na mesma velocidade que você. No fim, estava mais em casa do que imaginava.
Aprendi que sou querido por aqui. Recebi e-mails de gente totalmente avessa a computadores. Imaginem o esforço que foi? E quando eu tentava ligar. Os créditos no cartão nunca eram suficientes. Tanta coisa pra contar, pra comparar, pra rir...
Aprendi que estou mais ligado à minha mãe do que imaginava. Era ela quem me acompanhava nas caminhadas à noite de volta pra casa. Quem me confortava quando me sentia sozinho. Quem sussurava nos meus ouvidos "tudo vai ficar bem, não se preocupe".
Fazer intercâmbio para a Nova Zelândia me fez aprender mais do que eu imaginava. O idioma, inglês, foi só um detalhe. Aprendi que as diferenças culturais nos dividem, mas é extremamente inferior ao sonho que compartilhamos. Este sim, nos une, e muito.
Esta viagem me fez ver que posso ir e vir. E que não sou tão limitado quanto pensava.
Meu próximo plano? Não sei. Mas agora que tenho asas, o que mais quero fazer é voar!