sábado, 23 de abril de 2011

E-mail corporativo

De: Marcus Sousa
Para: Thiago Rovêdo

Data: 28/04/2010


Assunto:
Sono

Daí que hoje eu acordei com um sono do cão, que não tô conseguindo nem disfarçar aqui. Tá difícil...
Mas nada se compara ao meu dia ontem. Leia esse texto e tente não rir, porque sinceramente, não tem graça...

Acordei, tomei banho e comecei a tomar o café da manhã. Nessas horas do dia não sou muito sociável. Daí meu pai veio conversar, perguntou se eu tinha dinheiro pra almoçar e se eu tava comendo bem. Fui monossilábico. Ele me deu R$20 pra eu almoçar direito. Agradeci. Em seguida ele me ofereceu carona até a Santos Dumont. Aceitei. Levantei, escovei os dentes e fui. A Santos Dumont tava parada. Meu pai forçou a barra e eu cheguei até o ponto de ônibus. Aí me dei conta: esqueci os R$20 em cima da mesa... putz!
Vim trabalhar, trabalhei, conversei e twittei. Então fui lá na Pucc buscar os históricos do Henrique e do André para inscrever o nosso projeto nos festivais.
Tava na praça de alimentação e resolvi imprimir uns encartes na gráfica que tem ali. Até aí tudo bem, porque lá é mais barato que a gráfica que tem aqui perto da agência. Mas paguei pela minha ambição: meu pendrive ficou lá. Resultado: volto lá hoje SÓ pra buscar o pendrive.
Comentei perto do André que a gente tá pensando em ir pra SP. Ele ficou bravo porque ninguém chamou ele, e falou que também quer ir. Daqui a pouco a gente lota um prédio com todo mundo que também quer ir.
Voltando pra casa, ainda consegui mais uma façanha. Fui pro ponto de ônibus na frente da padaria e esperei. Passou um, eu entrei e fui. O ônibus foi lá pro Unimart... agora me diz, eu moro perto do Unimart??? NÃO! Peguei outro de volta até o centro e peguei o 410, que veio LO-TA-DO. Isso porque era 22:30 da noite.
Cheguei em casa e obviamente meu dinheiro havia sumido. Não feliz com isso, minha impressora travou e eu não consegui imprimir os formulários pra inscrever o documentário no festival.
Agora me diz, porque eu levantei da cama ontem?

Espero que seu dia tenha sido melhor. Se não foi, fique a vontade pra contar.
Abraços.

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De: Thiago Rovêdo
Para: Marcus Sousa

Data: 28/04/2010

Assunto: Re: Sono

olha, sei que você pediu pra eu não rir, mas está impossível!!!!.. huahuahuahauhuahuahauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauhauahuahuahuahauhauhahauhauahuahuahuahauhauhauahuahuauahau

sábado, 16 de abril de 2011

Nem tanto Pânico assim...


Bom, como vocês podem ver, eu só volto nesse blog quando quero muito falar uma coisa que, pra mim, é muito importante. Pode não ser pro resto do pessoal, mas pra mim é. E como diz no cabeçalho do blog, "eu falo o que quiser pra quem quiser ler". Então vou falar de Pânico. Não do programa de TV, mas dos filmes. Diria que é uma trilogia + 1. Esse "+1" é pelo fato de eu não incluí-lo no grupo dos outros filmes. Mas vamos descobrir o motivo.
Assisti o primeiro Pânico em 1997. Tinha 11 anos. Foi a primeira vez que vi um filme de terror/suspense de forma positiva. Antes só tive experiências com o Chuck, de Brinquedo Assassino. E não gostei. Mas voltando, em 1997 eu assisti Pânico e delirei. Dormi praticamente 1 semana com a coberta sobre a cabeça e morrendo de medo dos barulhos que ouvia na rua à noite. Tudo por causa de Pânico. Tudo por causa do Ghostface. Daí que meu filme de terror preferido estava definido. Já gostava da Neve Campbell pelo fato dela fazer uma séria muito boa chamada "Party of Five". Gostei mais ainda quando ela deu vida à sonsa (mas forte) Sidney Prescott. Nesse filme o diretor Wes Craven tem o dom de surpreender, assustar, fazer o expectador torcer pela mocinha. A cada vez que uma vítima do Ghostface corre, quem assiste acaba torcendo para que ela não seja alcançada ou para que nenhuma porta esteja fechada. E quando ela morre, a tristeza. Ás vezes, revolta. "Poderia ter fechado a porta atrás, não?". Enfim, o filme acaba e a vontade é assistir tudo de novo. E tomar mais sustos.
O encanto em Pânico, na minha opinião, é a fuga da obviedade. Ou não. Tudo indica que o assassino é a pessoa que tem uma certa rivalidade com a protagonista, ou que por algum motivo dá a entender que a quer morta. Mas não, não é. O assassino é aquela pessoa que de alguma forma ganha sua simpatia ao longo do filme, e no fim revela todo o motivo pra fazer o que fez. Muitas vezes é o figurante insistente que aparece em todas as cenas, mas que quando revelado, faz todos dizerem: "É, faz sentido".
A história vai se costurando diante de cenários variados e interessantes, e cada movimento é calculado para surpreender. Algumas cenas podem ser engraçadas, mas o suspense predomina. Do Pânico 1 ao 3, foi assim. Eu praticamente deliro quando a Courteney Cox, interpretando a jornalista descarada Gale Weathers, entra em cena. Ela consegue ser inconveniente e ao mesmo tempo interessante. E o Dewey, interpretado por David Arquette, garante bons momentos de risadas e também de tensão. Pra um policial, ele demora muito para encontrar o assassino. Entendem? Essa é a fórmula de Pânico, a fórmula que me encanta. E é justamente isso que faltou em Pânico 4.
Eu entrei em extasy quando li que uma sequência seria gravada. E que o quarteto de ouro (O elenco principal e o diretor) retornariam. É a forma mais original de retomar a obra. Mas não, não foi. No intuito de "atualizar" Pânico e tentar agradar o novo público, o filme praticamente vira uma história sem pé nem cabeça. A começar pelo elenco novo, completamente sem sal. Só salva a bela Hayden Panettiere, que na minha opinião deveria ter sido a protagonista. Deixassem o papel secundário pro elenco recheado de atores secundários. Ela é a única que garante boas risadas e naturalidade no que fala. O resto do elenco é literalmente resto. Cada cena que se passa com Rory Culkin é uma tortura. Se eu já não gostava do Erik Knudsen por causa de Jericho, agora, menos ainda. E por fim, Nico Tortorella, com a mesma reação para qualquer tipo de emoção. Gostaria de saber quem os escolheu para trabalhar neste filme. Ah, claro, a protagonista. Emma Roberts até consegue impressionar, mas como disse, deveria ter sido a secundária.
O filme praticamente se resume a cenários pequenos, lutas isoladas em cozinhas, escadas ou quartos e monólogos que fazem você desejar sair da sala de cinema e entrar na sala ao lado, mesmo sem saber qual filme está passando. A identidade dos assassinos (sim, é mais de 1) até impressiona, mas o motivo... sem comentários.
E diferente de Jurassic Park 3, em que a culpa da "cagada" é do diretor que não dirigiu os outros filmes, nesse a culpa é do próprio. Wes Craven disse que só faria uma sequência se o elenco original voltasse. E voltou. E mesmo assim ele errou a mão.
Li uma entrevista de Neve Campbell, logo após o lançamento de Pânico 3, que ela nunca mais interpretaria Sidney pelo fato de que se uma nova sequência surgisse, Sidney teria que morrer, ou se não a personagem se tornaria irreal. Olha querida Neve, desejaria muito que você não tivesse mudado de ideia. O filme ficou ruim, a história é trash e a minha obcessão por Pânico acabou hoje.