segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dois países, uma bandeira


A Copa do Mundo de Futebol ocorre neste exato momento na África do Sul. Eu, como bom brasileiro, torço muito pelo sucesso da seleção do meu país. Mas além de torcer pelo Brasil, também estou acompanhando com o mesmo entusiasmo, o desempenho dos "All Whites", time da Nova Zelândia. Aquela pequena nação, que conquistou meu coração no ano passado, participa pela segunda vez de uma Copa do Mundo.
Acaba não sendo muito difícil traçar um paralelo entre os dois países. Porém com as mais completas observações. O Brasil é o país do futebol. Temos aqui, de acordo com a CBF, 700 clubes profissionais, totalizando mais de 13,1 milhões de jogadores e que, em 2009, movimentou R$ 1,9 bilhão, valor apontado em um levantamento feito pela consultoria Crowe Horwarth RCS. Nas Copas do Mundo, além de ser o único time presente em todos os torneios, também é o único cinco vezes campeão, conquistando esse título em todos os continentes onde a competição já foi realizada. A esperança agora é fazer mais este feito na África.
A Nova Zelândia participou apenas em 1982, e em 2010, para a grande maioria da imprensa mundial, não prometia muito. E eis que o primeiro ponto já saiu no primeiro jogo, em um empate contra a Eslováquia. E mais, ainda conseguiram arrancar outro empate contra a poderosíssima Itália. Como disse um telejornal brasileiro, "foi o pouco com gosto de muito". Para um país com pouca tradição no esporte, esse "muito" merece grande destaque.
Mas acredito que as semelhanças entre esses dois países ocorre quando são considerados os dois esportes que são respectivas paixões nacionais: futebol e rugby. O Brasil está para o futebol assim como a Nova Zelândia está para o rugby. Toda a estrutura, transações financeiras e, principalmente, paixão popular em ambos os países estão voltados para estes esportes. Lembro-me que quando morei em Auckland, no curto espaço de tempo de 3 meses, percebi logo nos primeiros dias a paixão dos "kiwis" pelo rugby, desporto tão estranho aos olhos de um brasileiro.
Lá, na terra do Senhor dos Anéis, existem mais de 20 times profissionais de rugby, e a movimentação financeira chega a 470 milhões de euros no mundo todo. Aqui no Brasil o rugby é pouco famoso, mais conhecido pela violência das jogadas dos seus atletas. Anualmente movimenta milhões de fãs e dinheiro pelo mundo todo. São patrocínios, audiência, estádios e espetáculos dignos de um grande esporte.
Jogadores brasileiros como Kaká, Luis Fabiano e Robinho hoje apresentam o melhor futebol da atualidade, enquanto no rugby essa tarefa é facilmente desempenhada pelos talentosissimos Dan Carter, Rick Macaw e Luke Mcalister, entre outros.
E se o Brasil é o próximo na fila a sediar a Copa do Mundo de futebol, em 2014, a Nova Zelândia já está praticamente pronta para receber a Copa do Mundo de rugby, em 2011. Aqui são 12 cidades que terão a honra de receber os jogos, enquanto lá serão 13. O nosso maior estádio, o Maracanã, no Rio de Janeiro, tem com grandes chances de receber a final. Lá já está decidido, será o majestoso Eden Park, em Auckland.
O fato é que ambos os países hoje sabem muito bem como envolver toda a população em um só coração e nele fazer brotar um patriotismo saudável, que faz o cidadão amar, sem exageros, o país ao qual nasceu. Acreditar que o esporte pode mudar a qualidade de vida de uma nação é um desafio que governantes vêm enfrentando há séculos, e que tanto o Brasil quanto a Nova Zelândia estão conseguindo mostrar que é possível.
E não haverá espanto caso a Nova Zelândia passe da fase de grupos na Copa e marque mais pontos. O desafio, como sempre, é inovar. Em 2016, pela primeira vez uma cidade da América do Sul irá organizar as Olimpíadas. E o rugby estará lá, fazendo sua grande estréia como esporte olímpico. Não duvido que após isso (ou antes mesmo) o brasileiro desenvolva o interesse por um esporte tão impopular em seu território, mas capaz de desenvolver uma nova paixão, assim como o futebol fez na Nova Zelândia.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Apaguem as luzes, que nós vamos zuar, é hora do BLACKOUT!

Acabei de ver um vídeo fascinante sobre a "Hora do Planeta". Pra quem não sabe, a Hora do Planeta é um movimento da ONG WWF pra chamar a atenção da população mundial para o aquecimento global. Em um período de 1 hora do último sábado de março de cada ano, governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
Começou em 2007, na cidade de Sydney (Austrália). Neste ano, só esta cidade participou, mas conseguiu o principal, chamar a atenção. Resultado: Em 2008 cerca de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países apagaram-se suas luzes, e lugares como o Coliseu, em Roma, a ponte Golden Gate, em São Francisco, a Opera House, em Sidney, e claro, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre outros ícones mundiais, ficaram às escuras. Já em 2009, foram 3922 cidades em 88 países do globo. O vídeo abaixo é da campanha para 2010, e mostra vários lugares no mundo "apagando". Não é show?



Me lembro que no ano passado eu estava no Rio de Janeiro quando as luzes se apagaram. No hotel havia um aviso informando que a fachada do prédio seria apagada, e que esperava a colaboração dos hóspedes. Eu fiz minha parte, deixei tudo apagado. Da janela, esperando a chuva passar, eu vi o prédio da Petrobrás (no centro do Rio), todo grande e imponente, apagar. Simplesmente. Lembro ainda que fui ao restaurante do prédio ao lado para jantar e comi à luz de velas. Sozinho.
Mas enfim, quem me conhece sabe como eu gosto de me envolver em grandes movimentos. Ano passado fui um "ativista anônimo" das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Estava do outro lado do mundo quando o Rio ganhou, mas comemorei muito. Com relação à Hora do Planeta não será diferente. Claro que sou muito mais a favor de ações do que um simples "apagar de luzes". Mas isso já é um começo, não?
Então no dia 27 de março de 2010, às 20:30 da noite eu apagarei todas as luzes da minha casa. E vou falar pros meus vizinhos fazerem isso. E pros meus amigos. E pros meus avós. E pra todo mundo que conheço. No vídeo abaixo (último, prometo!), a minha musa inspiradora fala sobre a hora do planeta, mas em inglês. Eu coloquei a tradução logo abaixo do vídeo, pra quem quiser saber o que ela fala.



Oi, aqui é a Gisele Bundchen em Los Angeles, Califórnia. Milhões de pessoas de todo o mundo se juntarão no dia 27 de março para apagarem as luzes e mandarem uma clara mensagem de que agora é a hora de se preocupar com a mudança do clima. Então por favor, junte-se a mim e à World Wildlife Found (WWF) por uma hora.
Hora do Planeta, em 27 de março, às 20:30, e faça a opção por um planeta melhor e limpo.
Luzes apagadas, velas ascesas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Why does love do this to me?

Minha estada na Nova Zelândia foi marcada por uma música. É aquela música que o cara no banco de trás no ônibus cantarolava enquanto eu voltava pra casa e a mesma que tocou no estádio de rugby e fez toda a torcida cantar junto. O nome da música: "Why does love do this to me?", da banda The Exponents. O motivo da música ser uma febre: A Air New Zealand, maior companhia aérea do país, fez uma campanha utilizando esta música. O nome da campanha: Rugby Fanatics. Ou seja, todo neozeolandês que se preze é fanático por rugby. Logo a campanha e a música viraram uma febre. E até eu, que não tinha nada a ver com a história, fui contagiado.

Mas como sou solidário (e quero espalhar a febre), coloco abaixo o vídeo da campanha. DU-VI-DO que quem ver o vídeo depois não vai ficar cantando "I don't no...oooooooooo... why does love do this to meeee".



De nada!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dois blogs para ficar de olho!

Sabe quando, zanzando pela internet, você se depara com um blog tão bom, mas tão bom, que fica com vontade de xingar o dono, só porque o blog dele é melhor que o seu? Então, comigo aconteceu isso. Não o suficiente, me deparei com dois blogs muito bons. Então que eu decidi colocar a vaidade de lado e falar deles. Meio cafona falar de outro blog no meu blog, não? Se o Adauto visse isso, certamente me xingaria. "Você está mandando a audiência pra outro lugar, seu tonto!". Mas enfim, o que é bom, é pra se mostrar, não é? Então vamos lá:

A começar pelo blog da Marina Aranha. Eu nunca conversei mais do que 30 segundos com essa menina. Ela é superamiga do Rafael, da Samanta e do Thiago, meus superamigos. Mas tenho ela como amiga no Orkut, Facebook e acho que até no Twitter. Então que passeando pelo blog da Samanta, encontrei o dela. O nome: "Tô vivona". Daí que eu comecei a fuçar, e a Marina escreve muito bem. Bem demais até. De um jeito tão descontraído que você, quando chega no final, quer ler tudo de novo. O post sobre a série "Lost", o mais recente, é perfeito. Parece uma conversa na praça de alimentação da faculdade. A Marina tem um talento que se bem utilizado, vai trazer muito sucesso pra ela. Digo isso pelo fato de que os maiores escritores que conheço e aprecio seguem o mesmo estilo. Prestenção hein Marina!

O outro blog em questão é o do Doug. Ou melhor, do Rodrigo. Ele é amigo do André, meu superamigo também, mas nunca conversei com o Rodrigo. Ele estava na apresentação do meu TCC, mas sabe como é né, nervoso e talz... E fuçando pelo blog do André, me deparo com o blog "Trying to be...me!". O Rodrigo com certeza é outro que também dá um show de bola na escrita. Acho que pra ele o blog é mais uma válvula de escape pra tantos pensamentos que giram em sua cabeça. Suponho que seja isso, pois como disse, não o conheço de fato. Mas o blog dele é muito interessante. Me identifiquei demais com alguns posts que ele escreveu, principalmente questões sobre o futuro, sobre si próprio. A escolha das palavras é tão interessante que quem lê, por alguns instantes, se torna o melhor amigo do Rodrigo e ouve seu desabafo. O post com a conversa estilo "Gollum", na minha opinião, é o melhor. Criativo demais, não?

Então fica aí a dica. Quem lê esse blog empoeirado, dá uma passada no da Marina e do Rodrigo. Mas voltem pra cá, blz? Prometo que vou atualizar com mais frequência.

sábado, 16 de janeiro de 2010