segunda-feira, 29 de junho de 2009

Síndrome dos vinte e tantos...

O texto abaixo eu retirei do blog da minha apaixonante e querida amiga Samanta Cezarini. Resume bem o que eu estou sentindo no momento. Bem interessante!

A Síndrome dos vinte e tantos se chamam de 'crise do quarto de vida'. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.

As multidões já não são 'tão divertidas'. E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante. Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.

Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado(a) para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.. Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, nao esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo.

Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que nao quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras...

Apenas com medo e confuso. De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça...

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos... Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!

FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fui enganado!

Quer dizer que eu fui enganado nos últimos anos? Que de 2005 a 2008 eu poderia ter feito várias coisas, mas não fiz? Que eu passei por inúmeras situações, fui privado de tantas outras, pra nada?
Veja você que alguém no STF decidiu que o diploma não é mais obrigatório no exercício do jornalismo.
Isso mesmo, agora qualquer um pode ser jornalista. E nem precisa passar pela faculdade! Pois de acordo com um dos Ministros que votaram a favor dessa decisão, "o jornalismo não precisa de técnicas para ser realizado!"
Ora pois, pra quê eu fui fazer faculdade? Passar 4 anos atravessando a cidade (sob sol, chuva, frio, vento) pra chegar em um Campus no fim do mundo. Inútil né?
Declaro aqui que quero ser ressarcido por todos os custos que tive. Gastei com "mensalidade", transporte, xerox, livros, materiais, gasolina (ou alguém acredita que meu carro anda sozinho?) e tudo mais. Só no TCC meu grupo gastou mais de 3 mil reais. Sério mesmo. Poderia ter comprado um celular novo, um tênis novo, viajado e tudo mais. Mas nããooo... gastei com a faculdade!
Também quero ser compensado pelo tempo que gastei. Lendo, estudando, varando noites em meio a livros e apostilas. Sem contar as horas na internet mandando e-mails, fazendo reuniões on-line com o pessoal, pesquisando, entrevistando e tudo mais. E os finais de semana então? Não quero nem saber. Passei milhares deles dentro de casa estudando e fazendo trabalhos enquanto podia estar nadando no clube ou batendo perna no shopping.
De alguma forma também quero ser recompensado pelo tempo que não gastei. Quando não fui pra balada de 2ª a 2ª. Quando deixei de viajar com a família (sim sim, fiz isso várias vezes) pra ficar em casa fazendo trabalhos (sempre eles né!), quando faltei no aniversário de um amigo em outra cidade pra estudar pra prova, quando deixei de comer, beber e muitas (mas muitas vezes mesmo) dormir, pra me dedicar à faculdade. Não sei, não quero nem saber!
O fato foi que fiz tudo isso para aprender as tais técnicas desnecessárias. Pra que quando alguém me perguntasse o que eu era, eu poder dizer "JORNALISTA". Não pelo fato de ter um registro na carteira falando isso. Mas por ter conteúdo mesmo. Por saber quem foi Hipólito da Costa e Guttemberg sem precisar olhar no Google. Por saber diferenciar nota, notícia, reportagem, lapada e entrevista. E melhor, por saber fazer todas elas!!
Claro que o bom jornalista não é aquele que passa pela faculdade. Caráter não é uma coisa que se aprende na escola. Mas esta decisão é praticamente abrir as portas para que a seriedade e o comprometimento da informação no Brasil sejam praticamente perdidos.
E que alguém descubra uma forma de me ressarcir! Não quero nem saber!