domingo, 13 de dezembro de 2009

Enfim....

Já faz mais de uma semana que eu voltei, mas só agora me senti inspirado para escrever. Perdoem alguns erros que por ventura eu possa cometer, mas ainda estou me readaptando. Enfim, voltei. E eu que pensei que conseguiria relatar toda a viagem neste blog... puro engano. Mas me perdoem novamente, não tive tempo (nem computador disponível) para ficar atualizando.
Viajar para a Nova Zelândia foi fantásico. Inacreditável. Impressionante. Inesquecível. Não só a viagem em si, mas toda a experiência de viver, mesmo que por somente 3 meses, em outro país totalmente diferente do seu me fez mudar completamente. Revi conceitos, reaprendi antigos, e aprendi novos. Conceitos. Isso ainda porquê eu só fiquei lá por 3 meses.
Viver na Nova Zelândia me fez crescer. Talvez até de um jeito que eu não esperava. Hoje posso dizer com toda segurança que sou outra pessoa. O contato com outra cultura me fez amadurecer, entender outros pontos de vista. Aprender.
Aprendi a falar inglês, a perder o sotaque americano e a brincar com o sotaque autraliano. Mas também aprendi que um simples sorriso consegue te levar a muitos lugares, e te abre muitas portas.
Aprendi que o brasileiro está muito seguro dentro do Brasil. E só. Fora dele, para as autoridades, somos somente extrangeiros. Daqueles que vêm e vão a qualquer segundo. Pela primeira vez eu fui a excessão.
Aprendi que sou mais sociável do que imaginava. E que o fato de ser brasileiro me aproximou de nações que antes eu nem fazia idéia que existiam. Hoje posso dizer que tenho amigos no mundo todo.
Aprendi a fazer amigos, e principalmente, valorizá-los. Japoneses, coreanos, colombianos, chilenos, taiwaneses, chineses, alemães, russos... são tantos que eu fico felizmente confuso em lembrar. E a cada porta que eu abria, uma nova nação se revelava. E nem as diferenças culturais e sociais nos dividiram. Japonesas me perguntavam do Carnaval. Coreanos me perguntavam sobre o futebol. E eu também perguntava sobre o que podia.
Aprendi que os intercambistas, ignorando as nacionalidades, possuem as mesmas dificuldades, ambições e sonhos. Mas que somente os brasileiros podiam me entender. "Sobrevivi" a esses três meses somente por causa deles. Assim que cheguei em Auckland fui calorosamente recepcionado por um grupo um tanto quanto peculiar, a quem sou eternamente grato por tudo o que fizeram por mim.
Aprendi que além de amigos, conquistei irmãos. Quando se está longe de casa, sua família acaba sendo àqueles que mais te apoiam. E comigo não foi diferente. Graças à três amigos (e irmãos) que conheci na Nova Zelândia, pude aproveitar tudo o que o intercâmbio me proporcionou. Snowboard, museus, aquários, praias e risadas. Ah, principalmente as risadas. Quando a saudade de casa apertava, somente elas me confortavam. Anderson, Hélio e Júlio, obrigado por tudo!
Apredi que estou mais próximo da minha família do que imagino. Muitas vezes conversei com meu pai, mesmo sem ouvir suas respostas. Andava pelas ruas brigando com minhas irmãs, mesmo que elas não soubessem disso. Ria dos meus avós, mesmo eles não fazendo nada para mim. O tal vínculo, que a imigração fez questão de saber? Taí, minha família!
Aprendi que me distanciar de casa me fez valorizá-la. Uma greve de ônibus aqui pode não ser assim uma coisa tão chata. Um shopping lotado sim. Uma avenida super movimentada pode ser interessante, se todos andam na mesma velocidade que você. No fim, estava mais em casa do que imaginava.
Aprendi que sou querido por aqui. Recebi e-mails de gente totalmente avessa a computadores. Imaginem o esforço que foi? E quando eu tentava ligar. Os créditos no cartão nunca eram suficientes. Tanta coisa pra contar, pra comparar, pra rir...
Aprendi que estou mais ligado à minha mãe do que imaginava. Era ela quem me acompanhava nas caminhadas à noite de volta pra casa. Quem me confortava quando me sentia sozinho. Quem sussurava nos meus ouvidos "tudo vai ficar bem, não se preocupe".
Fazer intercâmbio para a Nova Zelândia me fez aprender mais do que eu imaginava. O idioma, inglês, foi só um detalhe. Aprendi que as diferenças culturais nos dividem, mas é extremamente inferior ao sonho que compartilhamos. Este sim, nos une, e muito.
Esta viagem me fez ver que posso ir e vir. E que não sou tão limitado quanto pensava.
Meu próximo plano? Não sei. Mas agora que tenho asas, o que mais quero fazer é voar!

sábado, 5 de setembro de 2009

Algumas vistas da viagem

Pessoal, nao vou poder escrever muito pq meu tempo na Lan House ta acabando... hehehehe... mas adianto que a viagem foi de boa e Auckland e linda demais. So passei um infortunio (na verdade meu amigo Anderson) na imigracao, mas ja ta resolvido. Curtam as fotos ae:

Dentro do aviao

Em Santiago com o Anderson e a Juliana

Dentro do taxi

Casa onde estou morando

Vista de Auckland

domingo, 30 de agosto de 2009

Ākarana, anei I tāwhio!

Mapa e bandeira da Nova Zelândia

Então que eu resolvi viajar. Não para o Rio de Janeiro ou Florianópolis, como já fiz antes e pretendo fazer de novo. Agora a coisa é séria, tô indo pra longe mesmo. E nem é por 3 dias ou 1 semana. Já falei que a coisa é séria. Tão séria que só volto daqui 3 meses.

O lugar pra onde estou indo é uma cidade chamada Auckland. Isso mesmo, lá na Nova Zelândia, do outro lado do mundo. E antes que alguém pergunte, a diferença do fuso-horário é de 15 horas a mais. Ou seja, quando aqui é meia-noite, lá já é 3 da tarde.

O porquê quis ir pra lá? Porque já estava na hora. Já estava na hora de eu dar a cara a tapa e tentar sair de casa. De arriscar me virar sozinho. De provar pra mim mesmo e pra muita gente aê que eu sei sim me virar sozinho (ou não!).

Como eu fiz pra ir pra lá? Fui até uma agência de intercâmbio. Já havia feito isso inúmeras vezes, mas parava no "será que dá?". Pois é, deu! Fui até a agência, conheci a Léa, conversei, negociei, perguntei (e muito) até assinar o contrato e começar a sonhar. E olha que isso demorou hein.

Assinei o contrato no final de junho e só agora que tô indo. Dia 3 de setembro deixo o Brasil pra chegar na Nova Zelândia dia 5 (isso mesmo, o fuso-horário "come" um dia do meu calendário). Neste meio tempo eu aproveitei pra correr atrás de tudo o que faltava. E olha que era tanta coisa que aproveitei muito bem esses 2 meses. Tirei o passaporte (sofrido!), novos documentos, novas transações bancárias e novas roupas. Passei a me preocupar com a alta e baixa do dólar. Renovei o guarda-roupa e até ganhei uma mochila muito estilosa da minha irmã, a Ju, e um guia turístico (em inglês, pra ir treinando) do Rafa.

E nesse tempo ainda fiz novos amigos que com certeza vou recorrer muito lá na terra dos "Kiwis". Primeiramente teve o Anderson, que o destino (e as meninas da STB) fizeram questão de colocar no mesmo itinerário. Mesma escola, mesma data de viagem e mesma ansiedade. Então veio o Eduardo, que através do Orkut se mostrou um rapaz com espírito aventureiro e corajoso. Ele já está lá, e já até combinamos descermos a montanha no "snowboard".

E ainda deu tempo de viajar para uma cidade tão peculiar que eu fiquei espantado. Cesário Lange. Lá vivi por alguns dias as mordomias oferecidas pelo Resort Sabrina e vi a Jaque ganhar um prêmio do Bradesco pela sua competência e profissionalismo. Quando você é bom no que faz, os reconhecimentos vem naturalmente, não?

Mas agora é pra valer. Tô indo mesmo, já com as malas semi-prontas e o coração que não cabe dentro do peito. Este último final de semana foi de despedidas. Edgar (que veio lá de Araraquara), Thiago, Tábata, Cajú, Emerson e Júlio, vocês realmente mostraram que são os melhores! Quem não pôde comparecer me mandou uma justificativa. Aceita, claro, afinal todos têm seus compromissos. Até 5ª feira eu ainda vejo quem está faltando.

Ah, acredito que vou escrever muito neste blog de lá de Auckland. Vou tentar fazer disso um diário de viagem.

Auckland, a cidade que será minha casa pelos próximos 3 meses

E o título deste post? "Auckland, aí vou eu" em maori, um idioma nativo da Nova Zelândia. Não sei se está certo porquê não achei um tradutor de frases, então foi na base do dicionário on-line. Mas o que vale é a intenção. Fecho este post com um texto do Amyr Klink, que resume bem o que eu procuro com esta viagem:

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver".

("Mar sem fim"- Amyr Klink)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O dia do amigo




Dia 20 de julho foi o dia do amigo. Como disse a mãe do André, "inventam dia pra tudo e o povo entra na onda". Exatamente. Até porque eu acho que o dia do amigo na verdade são todos os dias.
Mas pra não quebrar a tradição, e até agradecer àqueles que se dispõem a serem meus amigos, eu mandei um e-mail. Em poucas palavras, agradeci a todos por me aturarem. Mandei um texto do Cid Moreira que resume bem o que é amigo. Pelo menos pra mim. E a repercussão foi grande. Quase todos me responderam, com novos agradecimentos, novos textos e novas frases. É bom saber que eu tenho amigos né? Como disse no e-mail, não tenho lá uma "penca" deles, mas os que tenho, guardo "do lado esquerdo do peito".
De praxe tiveram os amigos do dia a dia, aqueles que eu converso constantemente. Nossas rotinas, conversas e e-mails já definem nossas amizades.
Tiveram amigos lá do passado, daquelas encruzilhadas que a gente passa, sabe? Amigos me mandando um "0i", perguntando como eu estava. Logicamente fiquei feliz de saber que eles ainda me consideram amigos.
Teve uma amiga que eu conheci recentemente, pouco mais de 1 ano, feliz em saber que eu já a considero amiga. E corre no celular pra conseguir falar comigo!
Teve aquele que de tão próximo corrigiu meu texto. "Faltou uma letra, mas eu entendi". Quem me conhece sabe que me corrigir é arriscado. Eu posso avançar, morder... mas como é amigo, eu tolero.
Teve o amigo com humor sarcástico, detectando a falta de amigo (nem tão amigo assim) na lista.
Teve uma amiga visionária, que não esqueceu das parcerias profissionais que combinamos nos tempos de faculdade.
Teve uma amiga, dita cuja, que eu sinto tanta saudade que li e reli seu e-mail várias vezes, pra tentar me reaproximar. A saudade é uma coisa né?
E por fim, tiveram aqueles que não responderam. Estes eu não culpo não. A vida tá corrida, as rotinas estão exigentes. Mas que eles saibam que eu os considero amigos de qualquer jeito.
Mas o que eu disse no e-mail é a mais pura verdade. Hoje eu sou o que sou pelos amigos que tenho. Ás vezes me pego falando um "capais", que um amigo fala aê. Outras vezes quero tomar café no Starbucks, só porque "é chic", como diz outro amigo. E tantas outras vezes, pra saciar a saudade que eu tenho aqui no peito, ligo pra algum deles pra saber da vida. Mesmo que nada tenha mudado. Mas é isso, os amigos são meus e eu me comporto do jeito que eu quero!
E como dizia Milton Nascimento, "Pois seja o que vier, venha o que vier, qualquer dia, amigo, eu volto, a te encontrar... Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar".

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Síndrome dos vinte e tantos...

O texto abaixo eu retirei do blog da minha apaixonante e querida amiga Samanta Cezarini. Resume bem o que eu estou sentindo no momento. Bem interessante!

A Síndrome dos vinte e tantos se chamam de 'crise do quarto de vida'. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.

As multidões já não são 'tão divertidas'. E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante. Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.

Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado(a) para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.. Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, nao esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo.

Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que nao quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras...

Apenas com medo e confuso. De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça...

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos... Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!

FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fui enganado!

Quer dizer que eu fui enganado nos últimos anos? Que de 2005 a 2008 eu poderia ter feito várias coisas, mas não fiz? Que eu passei por inúmeras situações, fui privado de tantas outras, pra nada?
Veja você que alguém no STF decidiu que o diploma não é mais obrigatório no exercício do jornalismo.
Isso mesmo, agora qualquer um pode ser jornalista. E nem precisa passar pela faculdade! Pois de acordo com um dos Ministros que votaram a favor dessa decisão, "o jornalismo não precisa de técnicas para ser realizado!"
Ora pois, pra quê eu fui fazer faculdade? Passar 4 anos atravessando a cidade (sob sol, chuva, frio, vento) pra chegar em um Campus no fim do mundo. Inútil né?
Declaro aqui que quero ser ressarcido por todos os custos que tive. Gastei com "mensalidade", transporte, xerox, livros, materiais, gasolina (ou alguém acredita que meu carro anda sozinho?) e tudo mais. Só no TCC meu grupo gastou mais de 3 mil reais. Sério mesmo. Poderia ter comprado um celular novo, um tênis novo, viajado e tudo mais. Mas nããooo... gastei com a faculdade!
Também quero ser compensado pelo tempo que gastei. Lendo, estudando, varando noites em meio a livros e apostilas. Sem contar as horas na internet mandando e-mails, fazendo reuniões on-line com o pessoal, pesquisando, entrevistando e tudo mais. E os finais de semana então? Não quero nem saber. Passei milhares deles dentro de casa estudando e fazendo trabalhos enquanto podia estar nadando no clube ou batendo perna no shopping.
De alguma forma também quero ser recompensado pelo tempo que não gastei. Quando não fui pra balada de 2ª a 2ª. Quando deixei de viajar com a família (sim sim, fiz isso várias vezes) pra ficar em casa fazendo trabalhos (sempre eles né!), quando faltei no aniversário de um amigo em outra cidade pra estudar pra prova, quando deixei de comer, beber e muitas (mas muitas vezes mesmo) dormir, pra me dedicar à faculdade. Não sei, não quero nem saber!
O fato foi que fiz tudo isso para aprender as tais técnicas desnecessárias. Pra que quando alguém me perguntasse o que eu era, eu poder dizer "JORNALISTA". Não pelo fato de ter um registro na carteira falando isso. Mas por ter conteúdo mesmo. Por saber quem foi Hipólito da Costa e Guttemberg sem precisar olhar no Google. Por saber diferenciar nota, notícia, reportagem, lapada e entrevista. E melhor, por saber fazer todas elas!!
Claro que o bom jornalista não é aquele que passa pela faculdade. Caráter não é uma coisa que se aprende na escola. Mas esta decisão é praticamente abrir as portas para que a seriedade e o comprometimento da informação no Brasil sejam praticamente perdidos.
E que alguém descubra uma forma de me ressarcir! Não quero nem saber!

terça-feira, 19 de maio de 2009

A América ferve!


Sábado, 15 de maio de 2010. Começa a final do maior evento musical de todo o continente. É o Amerivison. Inspirado no concurso musical europeu (Eurovision), o Amerivision possui representantes dos 35 países do continente, e estima-se que 300 milhões de pessoas irão assistir à essa final, que está mais do que concorrida.
As regras do concurso são simples. Cada país deve eleger um representante, em seletivas internas. Não há restrição para a categoria do participante, podendo ser famoso ou amador, desde que seja cantado no idioma local. O concurso ocorre em três etapas: a 1ª semifinal, 2ª semifinal e final. Cada uma em um dia, com intervalo de 48 horas para que os organizadores possam ver a repercussão dos shows na imprensa.
A final ocorre no último dia e conta com 17 países. Os mais influentes como Estados Unidos, Canadá, Brasil e Argentina já possuem vaga garantida. O país que sedia o evento também. O cantor vencedor (ou cantores, pois se admite até trio) leva o concurso para o seu país no ano seguinte.
Em 2010 a festa acontece no México, cujo governo tratou de mostrar uma bela organização para apagar o incidente da gripe suína, no ano anterior. A Cidade do México ferve. Pelas ruas, as pessoas entoam os hits que tocam nas rádios e nas chamadas de TV.
No Brasil a Globo, que após uma longa disputa com o SBT e Record, conseguiu adiquirir os direitos de transmissão. Chamadas pipocam na programação do canal a todo o momento, e inclusive uma merchandising indireta é feita durante as novelas.
Eis que acaba a novela e entra a abertura do programa. Todos ficam atentos. Em uma arena de shows extremamente lotada, semelhante à do Rio, o apresentador, o ex-RBD Alfonso Herrera, faz as boas vindas ao México e chama o primeiro concorrente, de Santa Lúcia. Entra um garoto com uma meia-lua nas mãos e atrás dele três garotas com roupas típicas do país. Começa a música. Quem pensou que seria algo tranquilo e sereno se engana. Logo o garoto joga a meia-lua no canto do palco e entoa um hit pop/electro de fazer a platéia se levantar e dançar junto. Os narradores do concurso se impressionam com o alvoroço. O próximo concorrente terá a difícil missão de conseguir o mesmo feito.
A música acaba, e o rapaz sai do palco ovacionado. Entra então a concorrente brasileira. Uma garota com um vestido florido, sozinha. Nas mãos, só o microfone. Entona um ritmo mais lento, suave. A platéia acompanha com a cabeça e sussurra a melodia. Os narradores também, como se fossem atrapalhar a cantora caso falassem alto demais.
Ela termina a canção e agradece. A platéia aplaude de pé. Os narradores rasgam elogios à concorrente. E assim vai acontecendo. O trio americano desfere solos de guitarra que levam todos ao delírio. A platéia grita junto com o vocalista, que corre em direção à eles, como se fosse dar um mergulho mortal. A dupla canadense também não faz feio, e mostra uma coreografia típica do norte do continente.
A escolha do vencedor é feita de modo muito democrático e inteligente: as votações são feitas de duas formas, através de um júri especializado, com representantes de cada país e através do voto popular, por telefone. Porém nem o jurado e nem o espectador podem votar no candidato de seu país. Na tela da Globo, um letreiro passa abaixo das imagens, a cada 15 minutos, dizendo que caso o espectador vote no candidato de seu país, irá pagar pela ligação, porém seu voto será descartado.
Ao fim da apresentação, todos os candidatos se reúnem no palco, e então o apresentador entra com um envelope dourado. Com a audiência nas alturas, ele é instruído a não relevar o resultado de imediato. Então começa a conversar com os concorrentes, que estão extremamente nervosos. Parte para o cantor argentino, e pergunta o que ele acha da beleza da brasileira. O cantor mal consegue balbuciar algumas palavras, e a platéia já cai no riso. Em seguida ele chega na dupla de cantoras panamenhas e pergunta se ambas são irmãs. A resposta é afirmativa, e logo em seguida ele emenda outra pergunta sobre como elas começaram a cantar. A resposta é rápida e evasiva. "Nossos pais nos estimularam desde cedo".
Alfonso então recebe o aval para revelar o resultado. Caminha até o centro do palco e abre o envelope. De costas para os participantes, lê o resultado antes de dizer. O som de mistério faz com que o público e os participantes fiquem mais apreensivos do que já estão. Então se vira para eles e abre um largo sorriso. "Parabéns Santa Lúcia, você é o vencedor". O rapaz, junto com suas dançarinas, começa a gritar e pular, e logo recebem abraços dos outros concorrentes. Na tela é revelada a colocação de cada um. Santa Lucia teve uma vitória esmagadora sobre o segundo colocado, a Agentina. O Brasil ficou em 6º lugar, e os Estados Unidos em 10º. A platéia vibra, pula, exibe faixas com o nome do concorrente. Nos telões atrás dele é exibido novamente o vídeo de sua apresentação. Com o fim da apresentação, todos caminham para a sala de imprensa para a primeira coletiva. Jornalistas do mundo todo aguardam ansiosos pelo vencedor, que entra em êxtase. As perguntas logo são direcionadas para ele, que responde tudo de forma categórica. A música que compôs e cantou foi inspirada em sua própria história. Mas aí vem a grande surpresa: ele não nasceu em Santa Lúcia, e sim no Haiti. Com medo da guerra e da miséria, seus pais se mudaram logo quando ele tinha 1 ano de idade.
No dia seguinte os telejornais, impressos e websites noticiam em grande porte a vitória do cantor. As rádios dão a notícia e em seguida tocam sua música, que com certeza se tornará o hit mais tocado do ano. Para 2010 o governo de Santa Lúcia promete um evento de grande porte também, melhor que o do México. Por hora, os espectadores correm para as lojas para comprar o CD e DVD com as apresentações de todos os participantes.

OBS: Não sei o que me deu, mas li uma notícia neste estilo sobre o Eurovision, e fiquei inspirado. Claro que a notícia é fictícia.

sábado, 16 de maio de 2009

Os bons e os maus



Ontem assisti "Anjos e Demônios". Tô sem fôlego até agora. Sério. Dizer que o filme é muito bom é clichê demais. Mas é.
Pra quem gostou de "O Código Da Vinci", esse filme segue a mesma linha. Mistérios, pistas, correrias, mais pistas, pistas equivocadas e surpresa no final. Tudo isso unido à atuação do elenco deixa o filme mais dinâmico, interessante.
Tom Hanks volta no papel de Robert Langdon. Eu digo volta porque este filme, que é a adaptação do livro homônimo, teve seu roteiro alterado para ser a continuação de o Código (na ordem dos livros, Anjos e Demônios vem primeiro).
E Hanks sabe muito bem dar a continuidade no personagem. Se no 1º filme ele estava acadêmico demais e pouco ativo, neste ele está mais solto. Claro que volta e meia ele começa a divagar sobre algum gênio da ciência, mas pelo menos se demonstrou mais esperto.
A bela e talentosíssima atriz israelense Ayelet Zurer dá vida a Victoria Vetra, uma cientista que tem sua experiência de maior valor (a partícula de antimatéria, uma potencial bomba) roubada assim que consegue concretizá-la. Unida a Langdon, ela tenta descobrir onde sua experiência está.
Juntam-se a ele Ewan McGregor, interpretando o camerlengo Patrick McKenna. Dizer que McGregor surpreende no papel também é clichê. Acredito que não haja ator que consiga ser mais convincente em qualquer papel do que ele. Por fim, Stellan Skarsgård como o comandante Richter e Pierfrancesco Favino como o inspetor Olivetti. Assim, junto com o assassino sem nome, o círculo principal do filme está definido.
A história é mais simples, mas interessante também. Morre o papa, e como de praxe, é iniciado o conclave para escolher o novo representante da igreja católica. Porém os 4 cardeais com mais chances de ocuparem o lugar são sequestrados. Em seguida a polícia recebe uma mensagem enigmática, dando a entender que os cardeais irão morrer, que a bomba está no Vaticano e que a meia-noite do dia seguinte ela explodirá. Logo Langdon é chamado para desvendar toda essa trama, salvar os cardeais e impedir que a bomba exploda. Junto com ele, Victoria, os guardas da polícia italiana e suíça (que fazem a guarda do papa) e o padre McKenna, com sua influência dentro do Vaticano.
Começa então a correria. O filme tem rápidas sacadas e cenários de tirar o fôlego. Roma em peso é mostrada, com suas igrejas milenares. Unidos à boa atuação do elenco, você acaba se envolvendo na história. Ao invés de tentar prever o que vai acontecer, o espectador acompanha junto com Robert e Victória o desenrolar da trama. As cenas no arquivo do Vaticano tinham tudo para ser as mais chatas. E não são. Ayelet Zurer é dinâmica, sabe interagir com Tom Hanks. Ewan McGregor então nem se fala. Praticamente te convence como o mocinho da história. Sem contar que as tradições e costumes do Vaticano são explorados neste filme. Acho que foi por isso que o próprio pediu um boicote de seus fiéis à essa produção.
Em um balanço geral, "Anjos e demônios" surpreende. Ao contrário de "O Código da Vinci", este filme não fica tão preso ao livro e utiliza acontecimentos atuais para incrementar sua trama. O resultado: um filme que deixa o espectador com gostinho de "quero mais". Agora, se Dan Brown vai escrever outro livro estrelado por Langdon, ninguém sabe. Mas que ele escreveu os dois para que fossem transformados em filmes, não há dúvidas.
Mas fica a dica. E se alguém quiser me dar de presente, lá no meu aniversário, em dezembro, eu aceito. Já tenho o "Código" versão extendida de colecionador. Mais um pra minha prateleira não faria mal não.
Abaixo segue o trailer, outra parte desta produção que também não deixa a desejar.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Como as coisas são

Pra você ver como as coisas são. Viajei no último final de semana pra praia. Uma correria danada. Perdi o ônibus pra voltar pra casa, cheguei em casa no horário em que deveria estar na rodoviária, fiz o Eric (meu primo) correr com mochila de acampamento até a rodovia e cheguei 5 minutos antes do ônibus partir. Enfim, parti. Cheguei em Santos crente que estava em Praia Grande. Fiz "conexão pra outro ônibus e demorei 2 horas pra chegar em Itanhaém. Quando tava na pista, duvidei de uns prédios, que em segundos descobri que poderia ter descido ali. Mas fui pra rodoviária, peguei um taxi e fui pra colônia. Lá a primeira noite foi osso. Alergia ao cobertor, falta de ar e pernilongos a noite toda. No dia seguinte parecia um zumbi. Na chuva. Porque choveu o final de semana todo. Mas deu pra ver a praia, tomar cerveja na areia, rir das histórias da tia Izabel, conversar (e muito) com o Eric e andar de bondinho. Na volta, algo inusitado: voltei pra mesma rodoviária, e então descobri que estava em Santos. 2 horas antes do ônibus partir. Outro ônibus aguardava na plataforma. Corri no guichê da Cometa e a atendente realizou a troca das passagens. Pra mim e pro Eric. E alertou: "O ônibus de vocês não partiria daqui, e sim de Praia Grande". Ou seja, se não fosse a antecipação, ficaríamos lá o resto do dia. Mas aí a gente voltou. 2 horas mais cedo. Cheguei aqui e minha irmã me ligou: "A vó está mal, está no hospital. Está pedindo pra te ver". Gelei. Fui vê-la então. No corredor, a médica já adiantava: "Estamos fazendo o possível, mas pela idade não vai adiantar muito". Entrei no quarto e vi minha avó deitada, respirando com dificuldade. Segurei na mão dela e chamei "Vó, estou aqui. Vim te buscar. Vamos embora?". Ela só olhou pra mim. Não conseguia mais falar. Do outro lado da cama, minha tia Jane, triste. Minha outra avó entrou no quarto, e eu saí, pra descongestionar. Lá fora, enquanto esperava, conversando com a Rita, vi meu pai sair, triste e chorando. Ele chegou perto e falou baixo. "Morreu". Abracei-o, forte. Depois fui lá dentro. Abracei a Jane, que estava desolada. Olhei pra vó. Sem reação.
No outro dia, o enterro. Liguei pro vô Joaquim e pedi carona. Ele topou na hora. Fui dirigindo pra ele e pra vó Lourdes. É dois, agora são só vocês. No cemitério, várias pessoas da família. Mal cheguei no lugar e bateu um vendaval de entortar as árvores. Fui lá dentro, abracei as tias e a Jane de novo. Com certeza, a que mais sentiu a perda. Voltei lá pra fora. Não quis ficar muito em cima da vó pra não lembrar dela sofrendo. Experiência própria. Com o tempo, as lembranças ruins se vão, e só ficam as boas. Quero lembrar da vó fazendo bolo pra mim, me abraçando forte toda vez que me via, me beijando e gritando pra todo mundo "meu neto", me fazendo sentir o cheirinho de vó que só ela tinha.
No enterro, o caixão descendo, a Jane passando mal e minha prima lá de longe chegando correndo. Deu tempo.
E pensar que minha vó pediu pra me ver, pra ver minha irmã mais nova e minhas primas do coração. Por questão de tempo, só eu consegui chegar. A vó me esperou, como sempre. Representei as outras, olha só. Pra você ver com as coisas são.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

De luto pelas séries...

É impressão minha ou algumas séries descambaram pro ridículo? Sério, tem coisa que eu acho que os atores deveriam ser poupados... muitas coisas, aliás.

Comecemos por Lost. Série fascinante, fantástica, muito boa. Até agora. Desde a primeira temporada, Lost tem a incrível façanha de possuir episódios desnecessários. Daqueles que não resolvem nada e não levam a lugar nenhum. Mas geralmente era um ou outro.
O que mais me fascinava em Lost é a questão do mistério, de estar perdido mesmo. A cada episódio surgiam especulações, teorias e tudo mais sobre o que teria acontecido e o que poderia acontecer. Enquanto beirava a realidade, Lost ficou entre minhas séries favoritas. Daí que começaram a surgir teorias mágicas. Volta no tempo, pêndulos mágicos e um novo avião caindo. Aí forçou a amizade né. A cena na sala do pêndulo foi trashcore no último. Eis então que a série perdeu a linha. Tem gente presa no passado, gente no futuro, gente fora da ilha querendo voltar, gente na ilha querendo sair... não se tem mais uma trama principal. É cada um por si e uma ilha para todos.

Então vamos para Desperate Housewives, a "menina dos olhos" de quem vos fala. Sou apaixonado por essa série e não escondo isso de ninguém. Marc Cherry tem a incrível genialidade de criar tramas totalmente cotidianas (e reais) sobre a vida das donas de casa de Winteria Lane. Segredos, intrigas, brigas e mistério são os ingredientes principais. Em alguns episódios ele carrega tanto no drama que é impossível não se emocionar. O 100º episódio, por exemplo, do Eli Strugs, foi fantástico. Cada dona de casa e seu vínculo, e por fim, o maior deles, de Mary Alice. Brenda Strong deveria voltar a vida viu....
Mas aí que alguém me vai lá e mata a Edie Britt. Orra cara, justo a Edie? Não poderia ser outra coadijuvante qualquer, sei lá, até a Katerine seria possível. Mas a Edie? Cherry alegou o corte de custos em função da crise econômica. Nicolett Sheridan, a atriz que interpreta Edie, foi mais realista. "O personagem é inspirado em alguém da vida de Marc, que mexeu muito com ele. Marc não soube diferenciar a realidade da ficção". E quem paga o pato é a gente né...

E vamos para Brothers & Sisters, que entrou em um marasmo sem fim. Ryan, o novo irmão, chegou de mansinho, conquistou a todos e se revelou um babaca. Holly tá nem lá nem cá. Tommy fugiu (e que continue fugido por muito tempo). Sarah não fede nem cheira, assim como Justin e Kevin. Kitty tá pra arrumar um amante e abandonar Robert. E nada de mais acontece nessa série... paciência viu, paciência.

United Stades of Tara entrou em pausa. Só volta no ano que vem. Quando a série tava pra resolver um mistério, volta a estaca zero e deixa o espectador a ver navios. Mas prometo que nunca vou te abandonar, Tara...

E por fim, Prison Break, que está na reta final. Já era hora também. A fórmula já esgotou, e mesmo com a "reinvenção" da série, pouca coisa mudou. Personagens bons saem, personagens ruins ficam e personagens "non sense" entram. A série continua instigante, interessante, mas dando sinal de que está esgotada. Mas já está no fim, então eu perdoo.

E Kyle XY, que não teve final? A série foi cancelada e os produtores nem pra finalizar direito.

E agora vou pra casa, assistir mais séries e manter meu vício.

sábado, 18 de abril de 2009

Bons tempos...

Nossa, nem lembrava deste post. Achei aqui no arquivo do blog, e resolvi publicá-lo. Está sem fim, pois faz quase 1 ano que eu comecei a escrevê-lo...

Trabalhar com assessoria de imprensa não é fácil. Ainda mais quando se tem clientes exigentes, chefes mais exigentes ainda e colegas de trabalho extremamente confiáveis (tô sendo irônico, tá?).
Mas daí que você vê seus amigos desempregados e fica triste por eles. São pessoas competentes, que não mereciam estar paradas. Culpa da crise, das "pessoas brancas de olhos azuis". E pra ajudar, volta e meia eu falo com alguém que me dá saudades. Esses dias mandei um e-mail pro Lú. Achei-o no Twitter, vi o e-mail e escrevi. Ele me respondeu, 1 semana depois (ele trabalha em 2 empregos, já perdoado) falando da vida. Quem diria, ele tá virando professor... justo ele, o terror dos professores... rs.
Aí recebi um da Evelin. Os e-mais dela eu tenho até gosto de ler. Daqueles que eu leio devagar pra não acabar. A Evelin é a minha prima que eu considero minha irmã. Incrível como ela sempre esteve presente nos momentos mais importantes da minha vida. Quando crianças, eu ia na casa dela brincar com o Lego e o McDonalds que soltava água. Sem falar da piscina. Levamos tantas broncas da Tia Maria que eu fico até envergonhado de lembrar. Bons tempos...
Daí que a gente cresceu. Os legos deram lugar aos livros. Primeiro ela, depois eu. Cada vez que eu tinha medo da faculdade, lembrava do que ela me falou. "Podem te tirar tudo, menos o seu conhecimento". Tanto foi que eu me formei. E fui trabalhar na assessoria.
A Evelin casou. Em uma festa tão bonita que teve gente se dando ao trabalho de boicotar. Gente tonta, que não mereciam ser convidadas... e falo mesmo, tenho pena não... Hoje ela tá lá, com o Rafael, vivendo a vida dela...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Notícias que me assustam

Deu no G1:
"Ator Gustavo Leão será Frank Aguiar no cinema. Recém-chegado dos EUA, ele começa a filmar no próximo mês. Elenco conta com Chico Anysio, Daneil Zettel e Leandro Lehart."

Só eu ou mais alguém não acha graça nenhuma nesse Gustavo Leão? Até Rodrigo Hilbert é mais legal. E outra, o filme terá Chico Anysio, Daneil (sic) Zettel e Leandro Lehart. Isso que é elenco hein. Chama o Rodrigo Hilbert, pra fechar com chave de ouro.

Uma onda patriota tomou conta de mim há algum tempo. Tô na torcida pela candidatura do Rio para as Olimpíadas de 2016 (Rio tá em 2º lugar em "boa candidatura" da acordo com o site GamesBids), apoio projetos nacionais como a produção de filmes e até defendo a reforma ortográfica. Sério, nem eu me entendo às vezes. Mas tem gente que avacalha né.

Primeiro a história de que a Bruna Surfistinha vai virar filme. Essa garota dá entrevista e culpa a mídia por tudo o que há de ruim no mundo. Vê-se que a informação não é o forte dela.
Depois o Belo, que volta e meia faz shows aqui em Campinas. Pediu pro Wagner Moura interpretá-lo, e ganhou um belo (irônico) e sonoro NÃO. Boa Wagner, boa!
Agora o Frank Aguiar? Com seus gritinhos e tudo mais? Aí já é demais. É literalmente detonar o público que estava aprendendo a assistir o cinema brasileiro.
Mas pra não dizer que virou várzea de vez, vai aí o trailer do filme do Jean Charles. Esse sim me dá vontade de ver.



Ah, descobri uma utilidade do Twitter. Virei seguidor do G1 e ele fica mandando títulos das notícias, pra eu me atualizar. Manda tanto que eu fico até perdido. Kibe Loco também entrou na brincadeira, porque eu tenho que dar risada algumas vezes.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pra quê serve o Twitter?

Quem souber responder a pergunta do título deste post, por favor, faça-a logo abaixo, nos comentários. Faço esta pergunta por simplesmente não achar utilidade neste site. Sério. Tá pra nascer coisa mais inútil que o Twitter.
De tanto que o André falou, resolvi experimentar. Assim como experimentei o MySpace e não achei graça nenhuma. Será que estou ficando muito chato? Sei não...
O Twitter é um site em que você posta o que está fazendo. uma espécie de microblog. Estes posts podem ser feitos por celular e no próprio site. Ou seja, se estou na fila do banco, mando um sms pro Twitter falando "estou na fila do banco". Quem for meu amigo lá vai saber isso. Só.
Agora me expliquem, qual a graça nisso? Até agora não vi um único perfil/post/comentário que valha a pena. As frases são praticamente "acabei de acordar", "estudando pra prova" e "trabalhando". Do que me interessa saber o cotidiano normal dos outros? Principalmente dos meus amigos, que eu já sei de cor. Ah, não sei viu, mas acho que estou ficando chato demais. Ou velho.
Vou voltar pro bom e velho Orkut. Lá dá pra ver fotos, conversar com amigos e tudo mais. E pasmem, postar uma frase falando como está o meu humor.
No final, esse Twitter não me surpreendeu em nada.

Definição do Twitter, segundo o Wikipedia:

Twitter é uma rede social e servidor para microblogging que permite que os usuários enviem atualizações pessoais contendo apenas texto em menos de 140 caracteres via SMS, mensageiro instantâneo, e-mail, site oficial ou programa especializado. Foi fundado em março de 2006 pela Obvious Corp. em São Francisco.

As atualizações são exibidas no perfil do usuário em tempo real e também enviadas a outros usuários que tenham assinado para recebê-las. Usuários podem receber atualizações de um perfil através do site oficial ou por RSS, SMS ou programa especializado.

Devido ao sucesso do Twitter, um grande número de sites parecidos foram lançados ao redor do mundo. Alguns oferecem o serviço para um país específico, outros unem outras funções, como compartilhamento de arquivos que era oferecido pelo Pownce.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O amigo do meu amigo

Então que eu tenho um amigo que trabalha em uma agência de comunicação. Este amigo atende vários clientes. Uns malas, outros chatos, outros legais até demais. Um dos clientes fica numa cidade lá no fundo do estado. Cidade que fabrica calçados. Dos bons. Então que este cliente fez um pedido. Bem vago. Meu amigo ligou pra ele pra saber mais detalhes. Ora o cliente não atende, ora o cliente não pode atender. Meu amigo fica esperando. E o chefe dele cobra. Ele liga de novo. "Daqui a pouco eu te mando um e-mail". Resposta do cliente. E o e-mail nem tchum. Ele liga de novo e avisa "não chegou". O cliente ignora. No outro dia ele liga de novo: "E aí, tudo pronto". E fica ligando o dia todo. Detalhe: o e-mail sequer chegou. O chefe cobrando. O e-mail que não chega. O cliente ligando. E meu amigo ainda tem que correr atrás do terno pra formatura, cortar o cabelo, fazer matrícula num curso e planejar uma viagem.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Brasileiro chama cão de amigão!

O título deste post é subjetivo. Igual a subjetividade cultural do grupo dos nordestinos (vide TCC - Jornalismo - PUCC - 2008). O fato é que eu quero falar dos meus amigos, e da saudade que eu sinto deles.
Desde criancinha eu tenho a grotesca mania de achar que amigos não se perde, se acumula. Já promovi encontros inesperados entre eles. Alguns com sucesso, outros nem tanto. Já visitei um amigo antigo no mesmo dia que fiz um novo. É amigo né, só se acumula.
Um amigo de infância que eu tenho é o Lú. Só isso, Lú. Acho que somos amigos desde os 7 anos. Antes disso éramos inimigos, de se engalfinhar na rua e tudo. Eu sempre perdia. O Lú era gordinho, mais forte. Daí que a gente começou a estudar juntos, e viramos amigos. Gostávamos de Jurassic Park, cachorrinhos, vôlei no verde (aka quintal do Lú) e guerrinha de água na rua. Estudamos juntos na 3ª série. Não prestou. Fizemos o trabalho da maquete juntos, o que rendeu várias brigas. Não entre a gente, mas entre o grupo.
O tempo passou. Eu fui pro Bradesco, o Lú pro Matozinho. Eu comecei a gostar de carros e o Lú de skate. Eu mudei do Bandeira e o Lú casou. É, casou. Nem eu sabia. Topei com ele no shopping. "Sua voz tá diferente", disse ele. Tipo, fazia uns 3 anos que a gente não conversava. Cresci, né? hehe... saudades do Lú.
Aí tem o Noka. Eu fiquei amigo do Noka no fim do 1º ano do Ensino Médio. Acho que foi porque o professor me mudou de lugar, pra perto dele. O Noka era assim: se vc conversa, ele conversa. Se não, ele fica quieto. Nem respirava. Daí que a gente começou a fazer trabalhos juntos. O Noka era religioso. Se a prova era em dupla e a gente não sabia a questão, era "vai no D, de Deus". Grande Noka. Antes de entregar a prova, o sinal da cruz. Na prova. Quase sempre surtia efeito. Curso de eletrônica, Noka na bancada da frente. Com a Tammy. Eu, Bigatto e Vinícius atrás, só botando pilha. Sem sucesso. Nos formamos. O Noka foi pra informática, eu pro jornalismo. O Noka começou a namorar, e eu catando papel em ventania. O Noka comprou um carro, e eu andando de ônibus lotadasso. O Noka me chamou no MSN esses dias. "Tô de férias. Trabalhando demais, quase fiquei louco". É Noka, louco eu já fiquei. Mas dá nada, ainda sou teu amigo. Daqui a pouco ele casa. Ai dele se não me convidar...
Então tem o Horse. Henrique, pra falar a verdade. Horse é por causa do sobrenome, que nem é Horse. Ele contou, eu ri, axei engraçado e apelidei. Só eu chamo ele de Horse.
Um dia tava na IBM, conversando sobre o casamento da Eliane. "Quem foi o DJ?". Olhei pro menino de óculos e cabelo bagunçado. Se estivesse nos meus dias normais já teria dado um coice. Mas tava anestesiado ainda. "Não sei, mas o cara era bom". Então que o Horse ficou meu amigo. Entrou pro grupo do almoço "Fortaleza". Quando lembrava de tirar o Aux 5 (credo, ainda lembro) ia com a gente. Também esquecia de ir embora. Ê, Horse! É de uma cidade tão pequena que mereceu apelido de novela. Quem manda ficar meu amigo em estréia de novela. O Horse ia com a gente pro cinema. Pro bar. Pro Hopi Hari. Pro shopping. O Horse começou a namorar a Clarissa, que sentava do meu lado. Surpreso, eu? Sei lá. Não imaginava, mas até que combinam. Ele é raivoso, ela calminha. Ele é sarcástico, ela risonha. Ele é de longe, ela então...
Por último, o Diego. Nome comum né? Mas o dele é mais chic. Diego Cristian. Ele quer ser mais chic ainda e escrever com Y. Ah vá né Diego! O Diego era o bixo da faculdade. Volta e meia topava com o menino de olhos azuis. "Mais um modelo que quis virar jornalista. Posso?", pensava eu. Daí que o André ficou amigo dele e me apresentou. Tudo o que eu falava ele concordava. Ganhou pontos comigo. O Dee contava histórias engraçadas. Não vou falar pra não expô-lo. Mas que eram engraçadas, eram. Então ele trancou a faculdade, e eu me formei. Quando ele voltou, eu já não tava mais lá. E já saiu de novo. Parece que alguma coisa tem né. Mandei um scrap pra ele no Orkut. Intimidei. Perdi a paciência. Se mando scrap amigável ele nem responde. Garoto abusado. Ele respondeu. Deu certo. "Da semana que vem não passa". Não mesmo. Se não pego meu carro e baixo na casa dele. Com direito a megafone e buzinasso. Tô que não me aguento.
Cada um desses meus amigos representa uma parcela de amigos. Infância, faculdade, escola, trabalho. Quando lembro deles, lembro de todos. Falar o nome de todos aqui vai ser covardia com meu teclado e com o horário (2 da manhã, e eu sem sono). Mas que dá saudade dá.
E eu com minha grotesca mania de querer acumular amigos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Bollywood desde criancinha

Neste hiatus de posts eu decidi por (sem acento diferencial, nova regra) minha cultura em dia. Útil e inútil. Assisti séries, li um livro e assisti alguns filmes. Um deles se chama "Dostana", e tem no elenco principal os atores John Abraham, Abhishek Bachchan e Priyanka Chopra. Não reconheceu? Nem eu... antes de assistir este filme, sequer havia ouvido falar deles. Dostana é um filme indiano, produzido em Bollywood. Isso mesmo, com B. Estranho, não?

Em janeiro do ano passado a Superinteressante publicou uma matéria falando de Bollywood. Você sabia que na Ásia os filmes bollywoodianos são mais assistidos que os de Hollywood (com H, lá dos EUA mesmo)? Que a média de produção cinematográfica supera os americanos? E que, principalmente, a qualidade não deixa nem um pouco a desejar?

Bom, vamos ao filme. Kunal (acostume-se, os nomes indianos são diferentes) e Sameer são dois indianos que moram em Miami, e precisam encontrar um apartamento para morar. Eles se trombam em um apartamento de duas amigas (cada um ficou com uma) e depois se topam em um apartamento para aluguel. Mas aí vem o grande detalhe: quem está alugando o apartamento é Neha (a atriz é linda!) e ela prefere que os inquilinos sejam mulheres, para evitar constragimentos. Sameer sugere a Kunal que ambos finjam que são um casal gay para ficar no apartamento, que é perfeito. O plano dá certo, eles ficam no apartamento (cada um em um quarto) e se tornam os melhores amigos de Neha. Aí nasce o problema, eles se apaixonam por ela (surpreso?). Começa então uma briga para cada um conquistar a bela indiana, com direito à trapaças, coreografias e SOM NA CAIXA!!

Agora vamos à análise técnica:
Primeiro: O filme tem 2 horas e meia de duração. Sério. Mais 1 hora e vira Senhor dos Anéis. Tem até um intervalo no meio, pra quem está na sala de cinema ir fazer um lanchinho e ir ao banheiro. A Super explica: os roteiristas indianos não conseguem condensar a história. Eles querem contar tudo tim tim por tim tim. Taí a "grandeza" do filme.

Segundo: O idioma falado no filme é o hindi, mas com misturas de inglês. Não sei falar hindi, mas tenho certeza absoluta que sofreu influências fortes do inglês (efeitos da colonização britânica na Índia). E é tão engraçado ao ponto de um dos personagens apontar para Neha e dizer "my desi girl". My = inglês (minha)/desi = hindi (indiana)/girl = inglês (garota). Ou seja, é uma mistureba só.

Terceiro: Só tem indiano nesse filme? Tá certo, o filme É indiano, mas se passa nos Estados Unidos. É como os indianos na Índia falando português, da novela. Nenhum dos personagens fala somente o inglês. Volta e meia algum manda um "hindi" pra confundir tudo.

Quarto: A caracterização dos personagens é histórica: Kunal, fotógrafo saradão e maltrapilho. Sameer, enfermeiro feio e constantemente confundido como médico. Neha, a belíssima assitente-batalhadora-puxassaco do chefe que é substituído por outro... INDIANO! Quem disse que indiano vai pros EUA virar taxista não viu este filme.

Quinto: SOM NA CAIXA! Quase todos os filmes indianos são musicais. Este não foge à regra. Começa com uma música com todos dançando na praia e o Kunal saindo da água, enquanto dança com as outras pessoas. Música vai, música vem, devaneios de personagens e tudo mais. Até que chega a hora da cantoria. A música? "My desi girl".

Sexto: Edição a dar com pau. Cenas em câmera lenta, câmera rápida, closes fechados, abertos, tremidos. Tudo no filme. O "clip" de "My desi girl" tem tantos cortes que você chega a ficar tonto, só de assistir. Mas depois que vê, não tira a música da cabeça. Mesmo não fazendo idéia do que é cantado.

Resumo: Dostana é um filme legal, com cenas legais e história legal. Não é extremamente bom, mas não é ruim. Os atores são muito bons e as músicas são loucamente dançantes. E principalmente, é Bollywood na veia!

Quem se interessar, procurem no Google/Orkut, pq aqui no Brasil tão cedo não chega. Abaixo está o clip de... MY DESI GIRL! Destaque para os cortes (óbvio!), o potente ventilador na cara da atriz toda vez que ela aparece e o ator quase não conseguindo abrir os olhos com o vendaval.


sábado, 17 de janeiro de 2009

Marcus? Marcos? Márcio? Hércules?

O Marcos Serra Lima fez um comentário bem legal lá no Dois Cliques. Olhem lá. Ele leu o post aqui, comentou (muito legal, aliás) e especificou: eu sou o Marcus com "u", e ele com "o". Quando li esse comentário, caí na risada.

Quando era criança, sempre perguntava pra minha mãe o motivo do meu nome ser com U e não com O. Errou, quem pensou que eu me chamo Marcus Vinícius em homenagem à Vinícius de Moraes (que na verdade se chamava Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes). Meu nome é Marcus por acaso mesmo. Veja você, que lá em 1985 meu pai e minha mãe ainda não haviam escolhido meu nome. Mamãe queria "Jorge Fernando", e papai "Gelson Júnior". Já era né? Ainda bem que rolou esse embate. Foi então que lá pelo 8º mês de gravidez, papai assistia um jogo de futebol. Santos X Grêmio. Meu pai é Santista roxo, mas ficou impressionado com o gol que um jogador do Grêmio marcou contra o Santos. O nome dele? Marcus. Foi praticamente uma luz. Ele chegou na minha mãe e deu a sugestão. Ela gostou, mas quis dar o toque pessoal. Acrescentou o Vinícius. Fui então batizado.

O curioso é que sempre uso os dois nomes, mas de forma separada. Pra quem me conhece desde criança, na rua onde morava e 99,8% dos parentes, sou o Vinícius. Já para amigos de trabalho, da escola e da faculdade, sou o Marcus. Quem me liga em casa e procura pelo Marcus, às vezes recebe uma resposta negativa. Aqui sou o Vinícius. Mas se alguém de casa me chama de Vinícius na frente dos amigos, é praticamente corrigido: MAR-CUS.

Mas esse meu nome já me rendeu várias histórias. Quando trabalhava no Help Desk, tinha que atender como "Marcus, bom dia". Nem sempre o outro lado entendia. Já fui Marcos, Márcio, Marcelo, Caio, Carlos e até Hércules. Esse último me fez ter um ataque de risos em plena ligação.

Mas é isso. A descrição antiga do blog explicava a origem do meu nome: Referência à Marte, deus da Guerra. Só se for guerra de almofadas com minhas irmãs! Só se for...

Pra quem lê este blog, contem aê a origem do seu nome. Na faculdade a gente fez isso e rendeu várias histórias...

* Vou copiar a técnica do asterisco do Dois Cliques: Marcos (com O), gostei pra caramba do seu comentário. Que bom que você gostou do post.

* Paty Lissa e Lucila, obrigado pelos comentários. Olha só, compartilhamos de uma mesma causa: adimiramos o Dois Cliques... hehehe... A Lucila, inclusive, é companheira da "comunicação", pelo que pude ver, não é? Também se formou recentemente, mas em RP...

sábado, 10 de janeiro de 2009

A dois cliques de tudo!

Fotógrafo de celebridades. Foi isso o que me chamou a atenção no blog Dois Cliques. Lá, em meados de março, fazia pesquisas primárias na internet sobre o tema do meu TCC, os Paparazzi. Olha daqui, olha dali, e de repente caí nesse blog, dentro do EGO. Comecei a ler e vi que o autor, Marcos Serra Lima, faz um trabalho fantástico. E o melhor, ele dialoga muito com seus leitores. Isso dá a ele um ar de humano, de vivo. Tipo daqueles caras que se você encontrar na rua, consegue ter uma conversa normal, sobre o tempo, trânsito, essas coisas. Anotei, falei com os outros integrantes do grupo e ele entrou como possível fonte. E a cada reunião era isso. "Ah, tem o Serra Lima, do Rio, do EGO". No Google encontrei a página pessoal dele e lá tinha o telefone de contato. Pronto, melhor que isso, impossível. O máximo que poderia acontecer seria ele falar "não". Mas não foi isso. o Rafa ligou da primeira vez, em meados de setembro, e ele já topou. Poucos dias antes de ir pro Rio gravar as entrevistas liguei pra ele de novo: "Claro, gravo sim, numa boa". Ao contrário de outros fotógrafos, ele não fez doce não. Topou, assim, na lata, sem achar que éramos espiões internacionais. E lá fomos nós pro Rio.
No blog dele é difícil encontrar fotos dele, então fiquei na dúvida se saberia identificá-lo quando o visse. Memorizei a única foto que há em seu site, e vamos lá. Dentro da redação da Globo.com, logo me deparei com o cara. Juro que se fosse na rua passaria reto. Sei lá, ele tava diferente. Pois bem, entrevistamos a simpática e doce Cláudia Croitor e lá fomos falar com o Marcos. "Posso por o Dois Cliques de fundo? Não né, se não vai ficar puro jabazão!", disse ele. "Claro, coloque sim. Afinal, foi através dele que cheguei até aqui... hehe", respondi. A entrevista? Muito boa. Se não me engano durou 15 minutos, em um documentário que durou 20. Cortar o material foi difícil. Muito.
Desde então sempre acompanhei o Dois Cliques. Ás vezes comento, ás vezes só leio mesmo. Me identifico bastante com a forma com que ele escreve. Os textos parecem conversas de rua, na fila do McDonalds, no ponto de ônibus. A cada post você descobre um pouco mais sobre o fotógrafo, a fotografia e sobre um tema específico que ele aborda. Tem dias que dou muita risada com uma situação engraçada por qual ele passa. N'outro, fico triste. O texto dele me atrai por mostrar muitas vezes o que eu sinto. As inseguranças da profissão, indignações com causas comuns, alegrias com coisas simples. O post que ele fez sobre o dia do fotógrafo, com a foto ao final com seu pai e ele quando criança é demais!
O Marcos é formado em jornalismo. Eu também. Na Puc. Eu também. Só que ele é na do Rio, e eu na daqui de Campinas. Ás vezes me pergunto se conseguirei sucesso nesta profissão que escolhi. Será? Uma coisa é certa: se conseguir ter a inteligência e simplicidade do Marcos e fazer esse blog ser tão divertido quanto o Dois Cliques, já estou feliz. Acabei de mandar um e-mail pra ele elogiando o blog. De novo, pois já fiz isso umas duas vezes, acho.
A propósito, NÃO, não quero seguir na área do fotojornalismo. Na faculdade fiquei com média 7,5 nessa matéria. Não tenho um olhar tão aguçado e crítico. Já a Andressa, minha amiga-irmã, deu um show. O 10 dela facilmente viraria um 1000. Pena que ela gosta mais de assessoria.