sábado, 16 de maio de 2009

Os bons e os maus



Ontem assisti "Anjos e Demônios". Tô sem fôlego até agora. Sério. Dizer que o filme é muito bom é clichê demais. Mas é.
Pra quem gostou de "O Código Da Vinci", esse filme segue a mesma linha. Mistérios, pistas, correrias, mais pistas, pistas equivocadas e surpresa no final. Tudo isso unido à atuação do elenco deixa o filme mais dinâmico, interessante.
Tom Hanks volta no papel de Robert Langdon. Eu digo volta porque este filme, que é a adaptação do livro homônimo, teve seu roteiro alterado para ser a continuação de o Código (na ordem dos livros, Anjos e Demônios vem primeiro).
E Hanks sabe muito bem dar a continuidade no personagem. Se no 1º filme ele estava acadêmico demais e pouco ativo, neste ele está mais solto. Claro que volta e meia ele começa a divagar sobre algum gênio da ciência, mas pelo menos se demonstrou mais esperto.
A bela e talentosíssima atriz israelense Ayelet Zurer dá vida a Victoria Vetra, uma cientista que tem sua experiência de maior valor (a partícula de antimatéria, uma potencial bomba) roubada assim que consegue concretizá-la. Unida a Langdon, ela tenta descobrir onde sua experiência está.
Juntam-se a ele Ewan McGregor, interpretando o camerlengo Patrick McKenna. Dizer que McGregor surpreende no papel também é clichê. Acredito que não haja ator que consiga ser mais convincente em qualquer papel do que ele. Por fim, Stellan Skarsgård como o comandante Richter e Pierfrancesco Favino como o inspetor Olivetti. Assim, junto com o assassino sem nome, o círculo principal do filme está definido.
A história é mais simples, mas interessante também. Morre o papa, e como de praxe, é iniciado o conclave para escolher o novo representante da igreja católica. Porém os 4 cardeais com mais chances de ocuparem o lugar são sequestrados. Em seguida a polícia recebe uma mensagem enigmática, dando a entender que os cardeais irão morrer, que a bomba está no Vaticano e que a meia-noite do dia seguinte ela explodirá. Logo Langdon é chamado para desvendar toda essa trama, salvar os cardeais e impedir que a bomba exploda. Junto com ele, Victoria, os guardas da polícia italiana e suíça (que fazem a guarda do papa) e o padre McKenna, com sua influência dentro do Vaticano.
Começa então a correria. O filme tem rápidas sacadas e cenários de tirar o fôlego. Roma em peso é mostrada, com suas igrejas milenares. Unidos à boa atuação do elenco, você acaba se envolvendo na história. Ao invés de tentar prever o que vai acontecer, o espectador acompanha junto com Robert e Victória o desenrolar da trama. As cenas no arquivo do Vaticano tinham tudo para ser as mais chatas. E não são. Ayelet Zurer é dinâmica, sabe interagir com Tom Hanks. Ewan McGregor então nem se fala. Praticamente te convence como o mocinho da história. Sem contar que as tradições e costumes do Vaticano são explorados neste filme. Acho que foi por isso que o próprio pediu um boicote de seus fiéis à essa produção.
Em um balanço geral, "Anjos e demônios" surpreende. Ao contrário de "O Código da Vinci", este filme não fica tão preso ao livro e utiliza acontecimentos atuais para incrementar sua trama. O resultado: um filme que deixa o espectador com gostinho de "quero mais". Agora, se Dan Brown vai escrever outro livro estrelado por Langdon, ninguém sabe. Mas que ele escreveu os dois para que fossem transformados em filmes, não há dúvidas.
Mas fica a dica. E se alguém quiser me dar de presente, lá no meu aniversário, em dezembro, eu aceito. Já tenho o "Código" versão extendida de colecionador. Mais um pra minha prateleira não faria mal não.
Abaixo segue o trailer, outra parte desta produção que também não deixa a desejar.


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