Quer dizer que eu fui enganado nos últimos anos? Que de 2005 a 2008 eu poderia ter feito várias coisas, mas não fiz? Que eu passei por inúmeras situações, fui privado de tantas outras, pra nada?
Veja você que alguém no STF decidiu que o diploma não é mais obrigatório no exercício do jornalismo.
Isso mesmo, agora qualquer um pode ser jornalista. E nem precisa passar pela faculdade! Pois de acordo com um dos Ministros que votaram a favor dessa decisão, "o jornalismo não precisa de técnicas para ser realizado!"
Ora pois, pra quê eu fui fazer faculdade? Passar 4 anos atravessando a cidade (sob sol, chuva, frio, vento) pra chegar em um Campus no fim do mundo. Inútil né?
Declaro aqui que quero ser ressarcido por todos os custos que tive. Gastei com "mensalidade", transporte, xerox, livros, materiais, gasolina (ou alguém acredita que meu carro anda sozinho?) e tudo mais. Só no TCC meu grupo gastou mais de 3 mil reais. Sério mesmo. Poderia ter comprado um celular novo, um tênis novo, viajado e tudo mais. Mas nããooo... gastei com a faculdade!
Também quero ser compensado pelo tempo que gastei. Lendo, estudando, varando noites em meio a livros e apostilas. Sem contar as horas na internet mandando e-mails, fazendo reuniões on-line com o pessoal, pesquisando, entrevistando e tudo mais. E os finais de semana então? Não quero nem saber. Passei milhares deles dentro de casa estudando e fazendo trabalhos enquanto podia estar nadando no clube ou batendo perna no shopping.
De alguma forma também quero ser recompensado pelo tempo que não gastei. Quando não fui pra balada de 2ª a 2ª. Quando deixei de viajar com a família (sim sim, fiz isso várias vezes) pra ficar em casa fazendo trabalhos (sempre eles né!), quando faltei no aniversário de um amigo em outra cidade pra estudar pra prova, quando deixei de comer, beber e muitas (mas muitas vezes mesmo) dormir, pra me dedicar à faculdade. Não sei, não quero nem saber!
O fato foi que fiz tudo isso para aprender as tais técnicas desnecessárias. Pra que quando alguém me perguntasse o que eu era, eu poder dizer "JORNALISTA". Não pelo fato de ter um registro na carteira falando isso. Mas por ter conteúdo mesmo. Por saber quem foi Hipólito da Costa e Guttemberg sem precisar olhar no Google. Por saber diferenciar nota, notícia, reportagem, lapada e entrevista. E melhor, por saber fazer todas elas!!
Claro que o bom jornalista não é aquele que passa pela faculdade. Caráter não é uma coisa que se aprende na escola. Mas esta decisão é praticamente abrir as portas para que a seriedade e o comprometimento da informação no Brasil sejam praticamente perdidos.
E que alguém descubra uma forma de me ressarcir! Não quero nem saber!
2 comentários:
revoltante não?
e não é apenas questaode querer ou não diploma, é ques~tao de saber que se aprende muitoo na universidade, apesar dos valores básicos que aprendemos em casa..
eu tb fiz minha critca, deixoum pedacinho dela aqui, pra compartilhar contigo marcus..
abs
fachini
Eu, Fabiano
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Culinária... Temos a sopa de letrinhas. Olhem só!!! Está boiando um “J”... Olha lá um “o”... Tem mais um “r” ali perdido... Veja tem a silaba grudadinha “na”... Ainda tem bem no fundo da panela um “L”... Hummm difícil, mas é o “i”... Olha a cobrinha “s”... Veja, é mais uma sílaba juntinha “ta”. Deixa ver... ahhh entendi, é aquilo que todo mundo faz, melhor, é igual a ser pobre: sempre tem quem é, será, e já foi. É “jornalista”. Fácil, não?
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Este nao e o lugar certo pra postar isso.
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