domingo, 27 de julho de 2008

O que você estava fazendo quando:

Na semana passada vi o trailer do filme "Última parada 174", que vai contar a história do sequestrador do ônibus da linha 174, em junho de 2000, no Rio de Janeiro. Eu me lembro como foi aquele dia. E comecei a pensar, o que eu estava fazendo em outras grandes ocasiões? Vejamos:

Seqüestro do ônibus da linha 174: Estava deitado no quarto, vendo tv, quando uma de minhas irmãs entra gritando: Põe na Band, olha o que está acontecendo! Rapidamente mudei de canal, e vi um ônibus cercado por viaturas, com várias pessoas dentro, e um homem encapuzado gritando. No vidro haviam várias escritas feitas com batom. Daí em diante não mudei mais de canal, e passei a tarde toda acompanhando o fato, que teve aquela tragédia no final. O tiro que a moça tomou doeu em todos.

Atentado de 11 de setembro de 2001: Nesse dia eu havia dormido na casa da minha avó, e estava partindo de manhã para a escola, para realizar um trabalho. Enquanto acordava, acompanhei o rádio, e ouvi que o prefeito de Campinas havia sido assassinado na noite anterior. Detalhe que até hoje o crime não foi resolvido. Na escola fiquei na internet a manhã inteira, mas não vi nada. Quando cheguei em casa, dormi, e só acordei quando tinha que ir novamente estudar. Minha mãe havia voltado mais cedo do trabalho, e ela e minha irmã mais nova assistiam o programa da Sônia Abrão, que tinha no GC a frase "A modelo Gisele pegou seu passaporte e correu pelas ruas de Nova York". Não entendi nada, mas fiquei acompanhando. Dentre as imagens de prédios caindo, aviões explodindo e outras coisas, fiquei extremamente perdido. Na aula, o professor de história tentou amenizar as discussões que estavam ocorrendo. Voltei pra casa apreensivo, com vontade de saber o que se passava. Liguei a TV e assisti o Jornal da Globo. Só aí fui ver a gravidade da situação.

Brasil ganha a Copa, em 2002: Estava na casa da minha tia Maria, com minhas primas, vendo o jogo e gritando na rua. No final, foi correr pro abraço! hehehe..

Ataques do PCC, em 2005: Estava trabalhando, quando soube que minha prima estava na empresa. Fui conversar com ela, que acabou me oferecendo uma carona para casa. No caminho, recebi vários telefonemas, falando que as linhas de ônibus iam parar devido aos ataques do PCC. COMO ASSIM, ATAQUES?? Quando cheguei em casa que fui saber. A internet estava completamente lenta e as linhas de telefones, mudas. Na TV via notícias de que o chefe do PCC havia ordenado um "ataque geral" em SP, mas que estava refletindo até em Campinas. Nesse dia a faculdade fechou, o comércio e quase tudo. Foi praticamente um toque de recolher. Consegui ligar para o Rafael, que estava trabalhando, e falei que não haveria aula. Do resto, fiquei em casa com medo de sair no dia seguinte. Uma outra prima minha teve seu filho nesse dia, e a caminho do hospital viu um ônibus pegando fogo. Foi trash...

Abertura do Pan, em 2007: Essa foi por puro capricho mesmo. Eu estava lá no Maracanã, vendo ao vivo... hehehehe... nunca vou esquecer a energia de todo o povo, que dentre vaias ao Lula e vibrações com a entrada das delegações, se divertiu muito. Tá certo que houve o atraso do presidente, as loiras pentelhas na minha frente e a menina batendo a bandeira na minha cabeça, do resto foi tudo perfeito. Cada centavo gasto valeu a pena.

Bom, é isso. Agora lembrem-se do que vocês estavam fazendo nessas ocasiões, e postem as respostas aí! Abaixo, o trailer que falei no começo do post:

Um novo tipo de família

"Um novo tipo de família". É assim que o canal americano ABC Family se define para seus espectadores. O canal, que é uma "derivação" do grande canal ABC exibe séries voltadas para o conteúdo familiar, aquela coisa bem leve, amena. Diferente do canal-mãe, que exibe entre outros como Lost, Desperate Housewives, Brothers&Sisters e Grey's Anatomy.

E como de costume, vou falar de duas séries do ABC Family que me chamaram a atenção. A primeira é Kyle XY. Um dia, no Orkut, comecei a passear entre as comunidades, até que encontrei a que remetia à essa série. Já tinha visto o título antes, mas não me chamou a atenção. A descrição era simples: um garoto, encontrado na floresta, não demonstrava nenhum sinal de comportamento humano. Não sabe comer, falar e se relacionar com outros humanos. Até que é adotado por uma família, e começa a demonstrar possuir uma grande inteligência. Fiz o download do 1º episódio, só por curiosidade, e gostei do que vi. A série se passa em Seattle (embora seja gravada em Vancouver), e mostra a adaptação do protagonista Kyle (Matt Dallas) com relação à família, aos valores da sociedade e até com ele mesmo. Misturando humor, mistério e situações simples e cotidianas, a série vai cativando aos poucos quem a assiste. O elenco não possui sequer um ator conhecido, mas não faz feio em nada. Matt Dallas, embora tenha 26 anos, interpreta tranquilo um garoto de 16. Suas faces de dúvida, medo e amor são tão verdadeiras que você pensa que o ator praticamente não existe. Marguerite MacIntyre, que interpreta Nicole, a "mãe" de Kyle também dá um show de interpretação, principalmente no primeiro episódio. E o resto do elenco mostra que também tem talento.

A primeira temporada terminou com 10 episódios, deixando vários ganchos para uma segunda, que não fez feio. Nela, é introduzida a Jessi, uma espécie de "irmã" do Kyle, que passa pelas mesmas condições que ele. E a cada novo episódio, descobre-se algo novo sobre Kyle, sobre Jessi e sobre todos os personagens. Para quem interessar, vale a pena assistir.


A outra série que eu também comecei a assistir foi Greek. Essa eu sempre via imagens, trailers e tudo mais, mas nunca me interessei. Como as principais séries só voltam em agosto/setembro, tenho que me "satisfazer" até lá.
Greek se passa na fictícia universidade Cyprus-Rhodes, nos Estados Unidos, e tem como protagonista o desengonçado Rusty. Rusty é daqueles nerds que passam toda a vida escolar estudando matemática e se divertindo com video-games. Quando vai para a faculdade, resolve dar uma guinada, e experimentar novos ares. Sua irmã, Casey, já está lá faz um tempo, e fica horrorizada com a chegada do irmão. Ela, totalmente descolada e popular, não aceita esse "choque de culturas". A primeira decisão de Rusty é entrar para uma fraternidade, já que os maiores líderes dos EUA fizeram parte delas. O primeiro episódio, com as "seletivas" para as fraternidades é muito engraçado. Rusty acaba ficando dividido entre duas delas, a Omega Chi e a Kappa Tau.

Seus líderes são completamente antagônicos: de um lado está o todo certinho e inteligente Evan Chambers, namorado da irmã de Rusty. Do outro está Cappie, ex-namorado da irmã. A rivalidade entre eles rola solta, e guia boa parte da série. Estou nos primeiros episódios, e já me acabo de tanto rir. O amigo de quarto de Rusty, Dale, é a parte mais engraçada. Quem assiste sabe o motivo. No final, você acaba ficando com uma vontade, mesmo que secreta, de fazer parte de uma irmandade.


Enfim, são essas as indicações que faço. Ambas as séries são exibidas no Brasil, nos canais Sci-Fi e Universal Channel. Quem puder, dá uma olhada lá!