quarta-feira, 28 de maio de 2008

Um novo conceito de família

Bom, como de praxe, vou falar de mais uma série de TV que me fascinou. Até então não tinha interesse algum em assistí-la, mas por indicação de um amigo (o Colussi), resolvi dar um voto de confiança. A série em questão é "Brothers & Sisters", e conta a história de uma família de Los Angeles. Como toda família americana, possui o patriarca de bom coração mas grande segredos, a matriarca Nora (Sally Field, ótima!) controladora e ranzinza, Kitty, a irmã que deu certo (Calista Flockhart), Sara, a irmã que casou e tem filhos e comanda tudo a pedido do pai, Tommy, o irmão que realmente comanda tudo mas é ofuscado por Sara, Kevin, o irmão gay e Justin, o irmão largado. Parece confuso, mas com o tempo, você acaba entendendo essa família. Além disso tem o tio que é praticamente da família, os maridos e esposas. Assim se define o núcleo da família Walker.
Pois bem, a história se desenvolve primeiramente entre a briga entre Kitty e Nora, típica briga de mãe e filha. Até que o pai tem um infarto e morre, fazendo com que todos os irmãos se unam para cuidar do patrimônio que ele deixou. Eis que eles começam a descobrir os segredos do pai que até então era perfeito. Roubo, adultério, filhos ilegítimos e por aí vai. Os personagens ainda precisam lidar com problemas pessoais, como novos amores, fantasmas do passado, problemas com filhos e até a impossibilidade de tê-los.
Eu estou no começo da 1ª temporada, e já fico ansioso para ver o que vai acontecer no próximo episódio. A forma como as relações familiares são tratadas é fantástica, o que dá a série um tom caseiro. Os atores são muito bem entrosados, o que os faz parecer uma família mesmo. Também tem a parte cômica da série, que rende boas risadas. Enfim, Brothers & Sisters é uma série digna de ser assistida. O melhor de tudo é que está fazendo sucesso, ou seja, não será cancelada tão cedo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Go Speed Racer! Go Speed Racer! Go!

Nessa semana assisti o filme Speed Racer. Confesso que fui muito receoso, pois sempre que via alguma imagem ou trailler do filme, tentava entender o motivo de tanta pirotecnia. Enfim, criei coragem e fui. No cinema vazio, acompanhado de mais dois amigos, me acomodei nas cadeiras fofinhas e fiquei esperando. De cara o filme já começa com uma corrida. Corta para um garotinho na sala de aula, volta para a corrida, e assim vai. A imagem do garoto na sala de aula é um flashback do protagonista, Speed. Desde criança ele sempre foi apaixonado por corridas, e tinha como ídolo seu irmão mais velho, Rex. Um dia Rex saiu de casa, manchou o nome da família e morreu em um acidente. Speed, mesmo assim nunca deixou de idolatrá-lo.

Dentre imagens de flashbacks, corridas alucinantes e discussões comicamente encenadas, percebi que o filme não é nada ruim, como eu pensava. Os efeitos especiais ficaram a cargo dos irmãos que dirigiram Matrix, e são fiéis ao desenho que eu assistia quando pequeno. O giro dos carros, os pulos e até os barulhos das máquinas são os mesmos do desenho. Eles praticamente usaram e abusaram dos efeitos especiais, já que se mechessem na história, provocariam a fúria dos fãs. Um dos amigos chegou a dizer que os carros eram "gatos", pois pulavam e pulavam, mas sempre caiam com as rodas para baixo.

Mas meu olhar estava muito atento para outro detalhe do filme: o carro da Petrobrás. Durante a produção do filme, foi anunciado que a estatal brasileira "financiaria" uma escuderia no filme, que teria como carro o "Green Energy". Por contrato, os produtores do filme deveriam colocar o carro na corrida junto com Speed, mas não poderiam vilanizá-la. Por várias vezes vi o carro na corrida, mas muito rápido. No momento em que ele aparece com destaque, é em uma cena totalmente dinâmica, com várias coisas acontecendo na tela. Olhei para tudo, menos para o carro. Meus amigos ficaram indignados.

O filme também não perde em nada com relação ao elenco. Emile Hirsch, que interpreta Speed, consegue dar as nuances necessárias ao personagem, seus traumas e ambições. Só o achei meio frio com a namorada, Trixie, interpretada por Christina Ricci. Esta sim, pode ter 30 anos ou o que for, mas consegue interpretar uma adolescente bobinha típica. A família, composta pelo pai Pops (John Goodman), a mãe (Susan Sarandon), o ajudante Sparky (Kick Gurry) e o irmão, com seu macaquinho também são pontos fortes no filme, dando uma grande base para um ambiente familiar. O destaque também vai para o Corredor X, interpretado por Matthew Fox, que em nada lembra o Jack, de Lost. No filme, ele é um homem misterioso, mas que zela por Speed como um irmão mais velho (pronto, contei!). A cena do flashback do Corredor X é uma das melhores do filme.

Enfim, para assistir Speed Racer, é necessário entrar na atmosfera da produção. Esquecer "Velozes e furiosos" ou qualquer outro filme de corrida, e encarar que esse filme não é só para crianças, mas também para adultos. Todos os locais do filme são fictícios, assim como os carros e cenários. Ou seja, não espere ver algo do mundo real enquanto assiste. Aliás, espere sim, mas somente uma única coisa: o carro da Petrobrás. Para ajudar na divulgação, a empresa construiu uma réplica do carro, que vai aparecer inclusive no Salão do Automóvel. Neste caso, é a ficção invadindo a realidade.